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sábado, 13 de janeiro de 2018

BRASIL

Acordo da Petrobras nos EUA atenta contra soberania do Brasil


O acordo da Petrobras com a Justiça (e com investidores) dos Estados Unidos, além de carregar em seu bojo atos de lesa-pátria, é um oneroso iceberg em que a indenização de cerca de US$ 3 bilhões já anunciada constitui apenas a ponta visível, mas existe ainda uma extensa área submersa que pode custar muitos outros bilhões.
As notícias de que tal acordo pacifica e assegura o futuro da nossa petroleira esbarram no fato de restarem outros 13 processos de indenização naquele país — exatamente iguais à class action que redundou no aludido rombo de US$ 3 bilhões —, ajuizados por investidores internacionais, muitos dos quais representados por fundos-abutres, que se afirmam prejudicados pela desvalorização da companhia em função dos noticiados escândalos de corrupção.
Ademais disso, ainda não se dimensionou a enormidade da oceânica multa que poderá ser aplicada na persecução criminal de diretores e outras autoridades ainda em gestação no Departamento de Estado (vide casos precedentes como Audi, Toyota, Fiat, Fifa etc), além de outras sanções pecuniárias a serem impostas na investigação administrativa instaurada na Securities and Exchange Commission (SEC), agência equivalente à nossa CVM, que lá regula o mercado de capitais.
O aparato judicial americano (francamente convertido em instrumento de arrecadação externa do Estado, à vista da exaustão do tax payer local) é pródigo na punição de empresas estrangeiras, aplicando contra elas as maiores multas de seu catálogo. A SEC, em 2008, cobrou US$ 800 milhões da alemã Siemens. Em 2010, US$ 400 milhões da BAE Systems, do Reino Unido. US$ 365 milhões da Snamprogetti Netherlands / ENI, da Holanda/Itália, e US$ 338 milhões da Technip francesa. Em 2013, a fatura de US$ 338 milhões foi para a também francesa Total. Pelo gigantismo da Petrobras, o elevado valor do acordo com os investidores e a natureza das acusações dirigidas à empresa, não será de espantar que a multa da SEC venha a apresentar proporção amazônica.
Já se sabe, o Departamento de Estado norte americano tem a mão mais pesada para impor punições financeiras a companhias de outros países. Multou o banco Credit Suisse em US$ 5 bilhões e o Deutsche Bank em nada menos que US$ 14 bilhões — reduzidos em negociação a ainda vultosos US$ 7,2 bilhões. É para montantes desse porte que a Petrobras deve preparar o seu caixa. Tio Sam utiliza uma lei de 1973, Foreing Corrupt Practices Act, para punir empresas americanas ou baseadas nos Estados Unidos acusadas de atos ilícitos, como pagamento de propinas no exterior. Não é, definitivamente, o caso da Petrobras. Não há notícia de que tenha subornado quem quer que seja nos Estados Unidos, mas a longa mão que tudo empalma da justiça americana já alcançou, entre outras, a Odebrecht e a Embraer — esta, por atos praticados na República Dominicana (?).
O Acordo de Cooperação Judiciária Brasil-EUA, de 2001, só prevê a colaboração entre governos, para troca de informações. Em hipótese alguma convenciona extraterritorialidade, é dizer, não autoriza a aplicação ou reconhece a eficácia de leis de um Estado no território do outro. Fosse uma nação ciosa de sua soberania, o Brasil rechaçaria essa intromissão e a punição de suas empresas, principalmente de uma que lhe é estratégica, constitui orgulho nacional e que é controlada pelo Estado, ente que em última análise por ela responde na esfera dos resultados.
A indenização a investidores que alegam haver sofrido prejuízos pode até ser discutível num tribunal, considerando que ao negociar ações em Wall Street — um flanco de vulnerabilidade aberto aos especuladores —, a empresa se sujeitou às leis do mercado de capitais americanas. Por razões éticas, convém não comentar a estratégia de defesa da Petrobras — ou a falta dela na capitulação em face de um acordo altamente oneroso.
Mesmo não admitindo culpa, pois, afinal, se afirma vítima da corrupção, abriu a guarda para outras investidas, e aqui se coloca a questão da soberania que tangencia os demais processos. A estatal brasileira já é monitorada internamente pelo escritório Baker & McKenzie, de Chicago, imposto pelo Departamento de Estado, com alçada de vasculhar os negócios (e segredos comerciais) da companhia. Toda descoberta que tiver conexão com os Estados Unidos, mesmo um simples e-mail, poderá ensejar novas punições.
Empresa estrangeira ser punida nos Estados Unidos por atos praticados fora daquele país é um abuso ao princípio da territorialidade. O estatuto só vigora na nação que se julga xerife do mundo, ungida pelo famoso “destino manifesto”, universalizando um tribunal de jurisdição planetária não ousada nem por Filipe II da Espanha, que se jactava de ser rei de um mundo particular onde o Sol nunca se punha. A via-crúcis que a Petrobras está sendo obrigada a percorrer atenta contra a soberania do Brasil. Deveria esta ser — mas não é — enfaticamente defendida pelo Itamaraty.
Pois, não bastasse a omissão, acrescem mais os atos praticados por autoridades da indefectível “operação lava jato”. Fazendo jus ao epíteto secessionista de “república de Curitiba”, apartada do Estado nacional, teriam negociado diretamente com autoridades americanas, sem o necessário placet do Poder Executivo, o fornecimento de provas para incriminar a estatal brasileira. Além de encontros de ex-diretores e delatores da Petrobras com autoridades americanas, o Ministério Público teria despachado para os Estados Unidos, em 2016, o ex-executivo da Toyo Setal Augusto Mendonça, um outro notório lobista da Camargo Corrêa e cerca de três ou quatro colaboracionistas que aqui fizeram delação premiada e que foram interrogados até pelo FBI, em busca de pistas que apontassem ilicitudes indenizáveis de companhias brasileiras. Chegamos ao cúmulo de permitir a atuação de representantes do Departamento de Estado em nosso solo que, convenhamos, não pode ser quintal de ninguém. Até o então procurador-geral da República foi aos Estados Unidos encontrar-se com investigadores locais, prestando-lhes vassalagem…
Em imaginária reciprocidade, atreva-se um tribunal brasileiro aplicar sanções a uma empresa americana por ilícitos praticados alhures ou mesmo em nosso território! Mais simples ainda: tome-se o episódio dos pilotos americanos do Legacy que derrubou um Boeing da Gol em 2006, matando 154 brasileiros. A Justiça Federal do Brasil condenou J.Paul Paladino e Joseph Lepore a três anos de reclusão, e os tratados internacionais permitem que cumpram a pena no seu país, mas, doze anos depois, o Departamento de Estado, tornando seu território valhacouto, protege os patrícios e ignora olimpicamente a Justiça brasileira. Brasil e Estados Unidos têm relações históricas fraternas e complementares, ora baseadas na cooperação, ora na contraposição mas, nesse terreno oportuno parodiar o que afirmou o grande José Bonifácio de Andrada e Silva sobre a liberdade pessoal e política: Senhores, “A soberania é um bem que não se pode perder senão com a vida”.

Fonte: DCM

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

DF



DF tem o menor número de mortes no trânsito já registrado


Queda na quantidade de acidentes se deve, segundo o Detran, à tríade campanhas educativas, fiscalização e soluções de engenharia, como a criação dos bolsões para motos

O Distrito Federal tem a menor taxa de mortes no trânsito desde que começou o registro de estatísticas, em 1995. Foram 241 acidentes fatais 2017, 122 a menos que em 2016.
Equipes do DER-DF fazem blitz educativa na EPTG durante a campanha Maio Amarelo.
Equipes do DER-DF fazem blitz educativa na EPTG durante a campanha Maio Amarelo. Foto: Tony Winston/Agência Brasília – 9.5.2017
Para o diretor-geral do Departamento de Trânsito (Detran-DF), Silvain Fonseca, a marca é possível graças à atuação integrada de vários órgãos de governo, não necessariamente ligados a trânsito.
O trabalho, segundo ele, se resume a três preocupações principais: campanhas educativasfiscalização e ações de engenharia de trânsito. “Hoje, esses três pontos estão em ação o ano todo”, garante.
Todo o planejamento para que as metodologias sejam postas em prática deve-se à contribuição de órgãos como a Secretaria de Saúde, a Polícia Civil e outras forças de segurança.
Com a ajuda da Polícia Civil, por exemplo, o Detran consegue estatísticas relacionadas a características dos acidentes, locais com maior frequência e perfis dos envolvidos. “Isso vai nos dando um norte para as campanhas, para a fiscalização; nos mostra, por exemplo, um lugar com alto índice de acidente que tem algum problema de engenharia.”
Os dados não se referem apenas a motoristas, mas a ciclistas, pedestres e motociclistas. O cuidado possibilitou que as campanhas fossem direcionadas a todos os públicos. “O Detran passou a trabalhar a questão do álcool não somente com o condutor, mas com o pedestre e com o ciclista. Se você ingerir álcool, deve se afastar das vias”, exemplifica o diretor-geral da autarquia.
Informações importantes também chegam pela Secretaria de Saúde, que acaba tendo a rede afetada diretamente com os acidentes de trânsito.
A qualidade dos atendimentos prestados pelos servidores do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também é determinante para a marca, de acordo com o Detran.

Investimento em educação no trânsito dentro da sala de aula

Para difundir a ideia de que o trânsito é para todos, o Detran também investe em capacitação de professores da rede pública.
O curso é a distância e foi criado em agosto. Desde então, mais de 550 docentes da educação infantil e do 4º ao 7º ano se matricularam.
“Repassamos o conceito de mobilidade, que não é referente só a carro, mas também a pedestre, a transporte coletivo”, detalha o diretor de Educação de Trânsito, Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro.
No caso das turmas com professores do 4º ao 7º ano, são abordados temas que façam os estudantes compreender melhor a locomoção pela cidade e conhecer os seus direitos e deveres na via.

Para profissionais que lidam com alunos mais novos, a capacitação ajuda a utilizar em sala de aula jogos criados pelo Detran em parceria com a Secretaria de Educação. São seis tipos de brincadeiras que, em 2018, serão distribuídos prioritariamente entre as escolas com professores que se matricularam no curso.
Além disso, a Diretoria de Educação de Trânsito promoveu 28 palestras em várias regiões do DF e atendeu mais de 2 mil professores em 2017.
“A gente precisa de multiplicadores. Trabalhamos para que o trânsito faça parte da vida das pessoas desde cedo e para que o aluno crie a cultura de respeito ao próximo; não se preocupe apenas com a fiscalização, mas faça tudo certo por uma questão de respeito”, resume Silvain Fonseca.

Soluções de engenharia como forma de evitar acidentes

Depois de avaliar que grande parte das batidas entre carros e motocicletas ocorriam nos semáforos, porque o motorista, muitas vezes, não enxerga o motociclista, o Detran criou bolsões.
Apesar de a motocicleta representar apenas 11% da frota do DF, ela está envolvida em um terço dos acidentes
Trata-se de uma faixa para motocicletas na área de retenção próximo aos semáforos. Tem cerca de 1,5 metro de comprimento e garante que quem está pilotando fique à frente e saia antes dos demais.
Apesar de a motocicleta representar apenas 11% da frota do DF, ela está envolvida em um terço dos acidentes. Outra estatística preocupante é que, a cada 10 motociclistas parados, quatro são inabilitados, segundo o departamento.
O órgão de trânsito também investe em tecnologias de monitoramento perto de escolas e reforça fiscalizações de parceiros, como o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal.
Em outra parceria com a Polícia Civil, o Detran passou a monitorar pessoas com o direito de dirigir suspenso, mas que continuam circulando. Cerca de 1,5 mil condutores têm seus itinerários monitorados.
“Elas deixam um rastro de infrações e acabam sendo abordadas, encaminhadas à delegacia e autuadas”, explica Silvain Fonseca. A suspensão ocorre, principalmente, por dirigir sob o efeito de álcool. “Alguns, inclusive, mataram no trânsito”, alerta.

Cidades Limpas revitalizou mais de 4 mil sinalizações horizontais e verticais

Em um ano do programa Cidades Limpas, também foram revitalizadas mais de 4 mil sinalizações horizontais e verticais. “Garantir a segurança dos pedestres e condutores e assegurar a melhor fluidez das vias públicas estão entre nossas metas”, enfatiza Marcos Dantas, secretário das Cidades, pasta coordenadora da força-tarefa.
Ainda houve, nas 29 edições do programa, a pintura de 1,1 milhão de metros lineares de meios-fios e a operação tapa-buracos, com 2 mil toneladas de massa asfáltica na recuperação de pistas do DF. Quase 250 carcaças de carros foram recolhidas das ruas.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

DF

Mais de 5,3 mil animais silvestres foram atropelados no DF em cinco anos

Levantamento do Ibram, de 2010 a 2015, mostrou que rodovias duplicadas, como a BR-020, e vias próximo a unidades de conservação de proteção integral são as que mais registram esse tipo de acidente


A maioria dos atropelamentos ocorre em rodovias duplicadas como a BR-020.
A maioria dos atropelamentos ocorre 
em rodovias duplicadas, como a BR-020. Foto: 
Tony Winston/Agência Brasília




















Pássaros de pequeno porte, sapos e cobras são as espécies mais atropeladas nas vias do Distrito Federal. Levantamento divulgado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) aponta que, de abril de 2010 a março de 2015, 5.355 animais foram atingidos por veículos — em quase todas as ocorrências, eles não sobrevivem.
Os acidentes mostram-se mais comuns em rodovias duplicadas e nas imediações de unidades de conservação de proteção integral.
São os casos da DF-205, nos arredores da Reserva Biológica da Contagem (próximo à Fercal), e da DF-131, estrada que margeia a Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina. Ambas as vias se destacaram no mapeamento, para o qual foram percorridos 55.176 quilômetros.
55.176 quilômetrosDistância percorrida pelo Ibram para mapear acidentes com animais silvestres no DF
“Percebemos que os atropelamentos ocorrem com mais frequência em locais onde há maior tráfego e onde o espaço para o animal percorrer é maior”, explica Rodrigo Santos, biólogo e analista de Atividades de Meio Ambiente, do Ibram.
Trechos no Programa de Assentamento do Distrito Federal (PAD-DF) e na Área de Proteção Ambiental (APA) da Cafuringa, na região da Bacia de Santa Maria, também têm muitos registros de acidentes. Além delas, a BR-020, em Planaltina, apresenta muitas ocorrências dessa natureza.
A pesquisa foi feita no âmbito do Projeto Rodofauna, do Ibram, e resultou na tese do doutorado de Santos para o curso de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB).
O balanço deu origem a mapas de incidência de atropelamentos, material que pode embasar campanhas de conscientização da população a respeito dos cuidados com a fauna.
A velocidade desenvolvida pelos veículos é fator significativo na mortandade. “O atropelamento é um impacto maior que o tráfico para a fauna. Isso porque perdemos o animal, não existe possibilidade de retorno ao meio ambiente”, afirma o analista do Ibram.

Em cinco anos de levantamento, somente três animais foram encontrados ainda com vida pelas equipes de pesquisadores. No entanto, eles morreram a caminho do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-DF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

"O atropelamento é um impacto maior que o tráfico para a fauna. Isso porque perdemos o animal, não existe possibilidade de retorno ao meio ambiente" Rodrigo Santos, analista de Atividades de Meio Ambiente, do Ibram

Veículos de grande porte causam impacto na fauna

Além de atropelamentos, carros e caminhões também podem matar a fauna com rajadas de vento. Espécies de pequeno porte, como o Volatinia jacarina, popularmente conhecido como tiziu, morrem com o impacto do vento.
“O tiziu fica na margem da pista, se alimentando de grãos que caem de carregamentos. Só o deslocamento de ar causado pelo caminhão pode matá-lo”, explica Rodrigo Santos.
O levantamento encontrou 1.221 indivíduos da espécie atropelados no período. O tiziu é um pássaro pequeno de natureza migratória. Ele vem para o Planalto Central para se reproduzir.
Outras espécies atingidas com frequência
Sapo-cururu (Rhinella schneideri)190
Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)114
Cobra-de-duas-cabeças (Amphisbaena alba)103
Cascavel (Caudisona durissa)94
Cachorro-do-mato (Cerdocyn thous)79
Anu-preto (Crotophaga ani)63
Tesourinha (Tyrannus savana)61
Saruê (Didelphis albiventris)61
Jiboia (Boa constrictor)58
Suindara (Tyto furcata)56
Fonte: Instituto Brasília Ambiental (Ibram)

Atropelamentos intencionais são comuns

Há casos em que os animais sofrem atropelamentos de forma intencional, seja por superstição ou por aversão à espécie. Cobras são vítimas comuns desses motivos.
“Percebemos a intencionalidade ao encontrarmos uma cobra morta no acostamento. Às vezes, vemos até marcas de pneus no asfalto, o que mostra que o condutor saiu da pista para atingi-la”, conta Santos.
A atitude, no entanto, provoca perda severa à biodiversidade da região. Por isso, os motoristas devem evitar esse hábito. “O trabalho principal é a sensibilização dos condutores”, defende o biológo do Ibram.

A sinalização é instalada em áreas onde é comum a travessia de animais.
A sinalização é instalada em áreas onde é comum a travessia de animais. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Um dos cuidados fundamentais para evitar atropelamentos é não jogar alimentos na estrada. Isso porque restos de comida são um dos atrativos dos bichos para a pista.
Outra dica é estar atento à placa de travessia de animais. “As placas são colocadas justamente em locais de passagem de fauna, como corredores ecológicos. Ao avistá-las, a recomendação é reduzir a velocidade”, orienta o servidor do Ibram.
Ao encontrar um animal silvestre atropelado com vida, pode-se acionar o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), capacitado a fazer resgates. Os telefones para contato são a Central 190 e o canal direto de comunicação com o batalhão, pelo celular (61) 99351-5736.
Agência Brasília