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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Vírus letal da febre hemorrágica ressurge no Brasil após 20 anos

SAÚDE

Vírus reaparece depois de 20 anos no Brasil (Foto: Reprodução/ Boletim Epistemológico Estado de São Paulo)


Depois das últimas notícias internacionais, vindas do continente asiático, que relatavam o surgimento de um novo vírus na China, agora, é no Estado de São Paulo que um vírus chama atenção — mas, nesse caso, pelo reaparecimento de uma doença que há muito não se falava a respeito: a febre hemorrágica, extinta desde o ano de 1999.
No interior paulista, na cidade de Sorocaba, um paciente morreu devido a complicações da doença, no dia 11 de janeiro. No caso, foi identificado um novo vírus da família Arenavírus e do gênero Mammarenavirus, conhecido como o vírus Sabiá.
Até então, o último relato de um caso de febre hemorrágica, no país, foi há mais de 20 anos. Antes desse registro, somente outros quatro casos foram confirmados como febre hemorrágica viral no Brasil, sendo três desses casos adquiridos em ambiente silvestre, no estado de São Paulo, e um por infecção em ambiente laboratorial, no Pará.
A confirmação do novo caso é considerada como um evento de saúde pública grave. Isso porque a doença é extremamente rara e de alta letalidade.
Considerado extinto, vírus faz uma vítima fatal no estado de São Paulo (Foto: Reprodução/ UNSW Science)

Entenda os riscos

O vírus tem um longo período de incubação, que é em média de sete a 21 dias, e se inicia com febre, mal-estar, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, dor de garganta, no estômago e atrás dos olhos, dor de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz, constipação e sangramento de mucosas, como boca e nariz, ou seja: uma longa lista de sintomas.
Além disso, a evolução da doença pode resultar em comprometimento neurológico, como confusão mental, alteração de comportamento e convulsão.
No caso do paciente da cidade de Sorocaba, a percepção entre o início dos sintomas (30/12/19) e o óbito (11/01/20) se deu em menos de duas semanas. Nessa história, um ponto importante, causado pela raridade da infeção, é que o paciente passou por três hospitais diferentes até obter um diagnóstico.
Em busca de uma resposta, foram realizados exames para identificação de doenças mais comuns, como febre amarela, hepatites virais, leptospirose, dengue e zika. No entanto, só em exames complementares, no Laboratório de Técnicas Especiais do Hospital Albert Einstein, que se identificou o arenavírus, causador da febre hemorrágica brasileira.
O Ministério da Saúde classifica a situação como um "evento de saúde pública grave". E de acordo com protocolos internacionais estabelecidos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) já foram notificadas sobre o reaparecimento do vírus.
Próximos passos

Por enquanto, não está confirmada a origem da contaminação do paciente. Suspeita-se nos casos de arenavírus que as pessoas contraiam a doença através da inalação de partículas, formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados.
A transmissão dos arenavírus de pessoa a pessoa pode ocorrer quando há contato muito próximo e prolongado, quando não são utilizados equipamentos de proteção, através do contato com sangue, urina, fezes, saliva, vômito, sêmen e outras secreções ou excreções do paciente.
O tratamento é de suporte conforme a sintomatologia do paciente, com drogas específicas, como a ribavirina. Acredita-se que outros arenavírus também são sensíveis a esse antiviral.
Os funcionários dos hospitais por onde o paciente passou estão sendo monitorados e avaliados, assim como os familiares do caso confirmado em São Paulo.

Fonte: Ministério da Saúde e Boletim Epistemológico do Estado de São Paulo

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Outubro Rosa: saiba como prevenir o câncer de mama

SAÚDE






Todos os anos, milhares de novos casos de câncer de mama são descobertos no Brasil. A estimativa para 2016 era de 57.960 novos casos da doença no país, sendo que 99% dos casos acometem as mulheres. Os números assustam e a realidade é árdua, mas ainda assim há razões para ser otimista.
As chances de cura para os casos descobertos precocemente são em média de 88.3% e aproximadamente 30% dos casos podem ser evitados com hábitos saudáveis. Uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas regulares são fatores determinantes para se proteger contra qualquer tipo de câncer. O excesso de gordura abdominal também é outro fator de risco que aumenta em 74% o risco de desenvolver a doença.
Felizmente, a cada ano que passa aumentam as ações que visam a conscientização desse tipo de câncer. Nos Estados Unidos, a campanha Outubro Rosa existe desde 1990 e no Brasil as ações começaram a ser praticadas em 2002. Essas iniciativas são importantes para alertar sobre os perigos, incentivar o autoexame e aproximar pessoas que já tiveram o problema, criando comunidades e laços com instituições que fomentam pesquisas e arrecadam doações.
Vale lembrar mais uma vez que quanto mais cedo a doença for detectada, maiores são as chances de cura. Saber realizar o autoexame e estar ciente de quais ações podem diminuir os riscos de desenvolver esse tipo de câncer são práticas fundamentais. E é exatamente por isso que a conscientização e a educação são tão importantes.

10 coisas que você precisa saber sobre o câncer de mama

Temos acesso a muitas informações o tempo todo que podem nos deixar assustados sem motivo nenhum. Será que todas elas são verdadeiras? Fique atenta aos mitos e verdades sobre o câncer de mama que ouvimos por aí:
Estar bem informada e ciente sobre qualquer coisa é o primeiro passo para evitar maiores preocupações, ainda mais se tratando de um assunto tão sério como o câncer de mama.

12 sinais indicativos de câncer de mama

A mamografia é, sem dúvidas, o método mais seguro para saber se há a presença de nódulos que podem ser malignos. Porém, existem alguns sinais que que podem indicar se há alguma coisa errada com suas mamas. A organização Worldwide Breast Cancer elencou os 12 sintomas comuns que se manifestam nos pacientes de câncer de mama.

  1. Pele grossa e presença de nódulos: Se você notar que sua pele está mais grossa e você consegue sentir algum nódulo, fique atenta. Pode ser apenas uma característica do período menstrual ou da amamentação, mas se eles permanecerem ou aumentarem, procure um médico.
  2. Covinhas nas mamas: “Covinhas” nos seios são outro sinal que se deve dar atenção. Elas podem aparecer durante o período menstrual ou quando usamos roupas muito apertadas. Caso elas persistam por mais tempo, pode ser um sinal de câncer de mama.
  3. Mamilos e aréolas com aspecto rugoso: A Doença de Paget é um tipo de câncer que acomete os mamilos e aréolas. Ela se caracteriza por uma crosta e um aspecto rugoso e áspero nessas regiões. Em alguns casos também pode haver secreção com sangue. Esses sintomas podem indicar câncer de mama.
  4. Mamas vermelhas e quentes: Isso é normal na amamentação, mas em outras situações é preocupante. O câncer de mama inflamatório tem essas características, pois ele dificulta o fluxo de sangue na região.
  5. Secreções: Fluidos aquosos, leitosos e até mesmo com sangue são comuns quando os seios estão se desenvolvendo e principalmente no período da amamentação. Se seus seios expelirem alguma secreção e você não estiver passando por nenhuma dessas situações, fique atenta e procure um médico.
  6. Feridas na pele: Nem sempre feridas são sinal de câncer de mama, mas elas sempre merecem atenção. Se elas começarem a crescer e ter mau cheiro, vá até um médico de sua confiança.
  7. Caroços elevados: Alguns nódulos podem aparecer na superfície da pele e, conforme vão crescendo, ficam visíveis nas mamas. É importante lembrar que nem todo nódulo significa um tumor maligno, mas somente um médico pode dar o diagnóstico correto.
  8. Mamilo retraído: Algumas pessoas já tem os mamilos para dentro por natureza. Se esse for seu caso não há motivo para preocupações. Já se você notar que seus mamilos estão tomando esse formato, fique atenta.
  9. Veias crescentes: Veias com aspecto inchado nas mamas pode ser um indicativo de tumores. Geralmente, os tumores exigem que o sangue seja bombeado para eles, o que aumenta o volume de sangue nas veias.
  10. Mudança no formato ou tamanho: Qualquer mudança de formato ou tamanho nas mamas fora do período da amamentação é preocupante. Se essas mudanças persistirem também fora do período menstrual, é melhor visitar um médico.
  11. Aspecto de casca de laranja: Mamas inchadas e com várias covinhas pequenas com aspecto celulítico podem ser um indicativo de câncer de mama. Como o fluxo de sangue torna-se irregular, as células da pele podem sofrer essas alterações.
  12. Nódulos: O sinal mais comum de um tumor nas mamas é o nódulo. Ele pode ser pequeno ou grande, mas sempre merece sua atenção. Se encontrar qualquer tipo de caroço nas mamas, procure um médico.
Vale reforçar que, muitos dos sintomas podem aparecer e não estarem ligados ao câncer de mama. Procure ajuda médica em caso de recorrência de um ou mais sinais.

Como é feito o diagnóstico

Para um diagnóstico seguro, algumas etapas são necessárias para que o tratamento indicado seja o mais adequado e eficiente. Confira o passo a passo do diagnóstico:
Segundo a Dra. Livia Daia, ginecologista e mastologista, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia deve ser feita anualmente nas mulheres com mais de 40 anos sem antecedentes familiares de câncer de mama. Com o exame, pode-se detectar possíveis lesões, como nódulos de aspectos irregulares ou microcalcificações agrupadas, que podem ser indícios de câncer de mama.
Após isso, é feita a biopsia, que consiste em retirar um pequeno pedaço da lesão para ter um diagnóstico correto. Se o resultado da biopsia for positivo para câncer, os médicos estudam o perfil do câncer para indicar o tratamento adequado, que pode ser iniciado com uma cirurgia para retirada do tumor ou com quimioterapia.
Consultar um médico logo após a constatação de qualquer irregularidade com as mamas é imprescindível. Quanto mais tardio o diagnóstico, menores são as chances de cura.

E como você pode se prevenir?

Segundo dados da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, 30% do casos podem ser evitados com hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas regulares e alimentação balanceada. Além disso, as mulheres de todas as idades devem realizar o autoexame uma vez por mês fora do período menstrual. A Dra. Livia Daia diz que ele pode causar um certo desconforto e dar a falsa sensação de nódulos, mas ele é de extrema importância.
Além de realizar o autoexame apalpando as mamas, dê uma atenção especial aos seus seios. Qualquer alteração que seja estranha, pode ser um indicativo de problemas mais graves. Olhe-se mais no espelho, conhecer seu próprio corpo é fundamental.
A mamografia, principalmente depois dos 40 anos, é obrigatória. O autoexame é essencial, mas só detecta nódulos com pelo menos 1 centímetro, o que pode indicar um estágio mais avançado da doença. Caso o nódulo seja muito pequeno, somente a mamografia poderá identificá-lo. É comum dizerem que a mamografia dói, o que não é verdade. Ela pode causar incômodos que são necessários para cuidar da saúde das suas mamas. Pense nisso!
FONTE: DICAS DE MULHER

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Bancos de leite humano estão com os estoques baixos

SAÚDE DF

São menos de 1,5 mil litros para alimentar 250 bebês prematuros todos os dias. Meta mínima não foi alcançada
Os bebês prematuros internados nas unidades da rede pública de saúde do Distrito Federal estão necessitando de doações de leite humano. Os bancos de leite dos hospitais públicos estão com os estoques baixos, apesar de toda a mobilização da campanha de incentivo à doação de leite, realizada pela Secretaria de Saúde no Agosto Dourado, mês destinado ao aleitamento materno.
A campanha não obteve o êxito esperado e a meta mínima de 1,5 mil litros não foi alcançada. O fato é que mesmo a amamentação sendo um gesto de amor da mãe para com o seu filho, nem todas as crianças conseguem ser alimentadas por suas mães. É o caso dos prematuros internados na rede pública e que precisam da solidariedade das mamães voluntárias e doadoras de leite.
Nos anos anteriores, a meta de 1,5 mil litros sempre foi ultrapassada. Em 2016, foram recolhidos 1.539 litros; em 2017, o total de 1.638 litros, e, em 2018, 1.805 litros. “O leite humano é o melhor alimento para qualquer criança. É o padrão ouro da alimentação infantil. E para os que estão internados é de extrema importância para a recuperação da saúde”, destaca a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do Distrito Federal, Miriam Santos.
O nível de doação está diretamente ligado à quantidade de mulheres amamentando, alerta Miriam. Segundo ela, “toda mulher que quer amamentar deve procurar ajuda, pois só teremos doadoras se as mulheres amamentarem”. Cerca de 250 bebês são alimentados, diariamente, na rede, pelo leite doado. Portanto, “é preciso que novas doadoras contribuam e façam parte dessa rede de apoio, cuidado e amor”, incentiva Miriam Santos.
Como doarToda mulher que esteja amamentando é uma potencial doadora de leite materno, independentemente da idade do filho em amamentação. Algumas mães têm dúvidas sobre como é feita a doação e a coleta do leite materno, mas o procedimento é bem simples.
A doação deve ser feita em pote de vidro com tampa plástica e, em seguida, conservada no congelador. Para doar ou tirar dúvidas é só ligar no número 160, opção 4. Se for a primeira doação e estiver com dúvidas ou precisar do kit (potinho de vidro, touca e máscara) é só acessar o site Amamenta Brasília ou procurar ajuda no posto de coleta de Leite mais próximo de sua residência.  
CoberturaO Distrito Federal é o único lugar do país com 100% de cobertura de bancos de leite e postos de coleta, localizados nas unidades públicas e privadas de saúde que possuam UTI Neonatal. São 15 bancos de leite humano, sendo dez deles pertencentes à Secretaria de Saúde, além de cinco postos de coleta, dois deles comandados pela pasta.

FONTE: AGÊNCIA BRASÍLIA

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Pará ainda tem 400 mil doses de vacina contra a gripe

PARÁ
Os grupos com melhores coberturas são o dos professores, das puérperas e dos idososCerca de 400 mil doses de vacina contra a gripe ainda estão disponíveis para a população paraense. Para se vacinar, basta se dirigir até a uma unidade básica de saúde.
Segundo a Coordenação Estadual de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), 68 municípios paraenses (47%) já alcançaram ou ultrapassaram a meta mínima de 90% preconizada pelo Ministério da Saúde para essa campanha. Também é importante ressaltar que a cobertura total no Estado está em 84,76%, três pontos percentuais acima da nacional.
Apesar da Campanha de Vacinação contra a Gripe ter sido estendida a toda a população, a equipe técnica da Sespa continua preocupada com a baixa cobertura vacinal de crianças de seis meses a menores de seis anos de idade, que ainda está em 76,34%, e de gestantes com 78,96 %. Também preocupa a cobertura vacinal da população privada de liberdade (69,77%), a dos indígenas (85,51%), e a dos policiais civis e militares (43,71%).
Todos os demais grupos prioritários já atingiram a meta no Estado. Os grupos com melhores coberturas são o dos professores com 99,14%, das puérperas com 94,61% e dos idosos com 94,15%.
Na última sexta-feira (31), o secretário de Estado de Saúde, Alberto Beltrame, disse que a finalidade, agora, é ampliar o número de pessoas vacinadas no país e reduzir a circulação do vírus da influenza e os riscos de adoecimento da população. Com a continuação da campanha, ele espera que mais pessoas dos grupos prioritários se vacinem.
"Pois, quanto mais pessoas forem vacinadas, menor a circulação do vírus da gripe na comunidade, menor o número de casos. Isso leva à proteção da sociedade como um todo, inclusive os grupos que não se vacinaram", explicou o titular da Sespa.
O secretário também fez novo apelo à população. "Nessa prorrogação de campanha, nós voltamos a fazer um apelo para a toda a sociedade do Pará, para que compareça às unidades de saúde para tomar a vacina. O objetivo é que consigamos concluir o estoque de doses que nós temos disponíveis e se consiga diminuir o número de casos de gripe em todo o estado do Pará".
Alerta – Neste ano, no Pará, já foram notificados 485 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com sete óbitos provocadas pelo vírus influenza, sendo cinco por influenza A/H1N1 e dois por influenza B, dois dos três tipos de vírus que podem ser evitados com a vacina que está sendo oferecida na campanha.
A SRAG é um agravamento de um quadro gripal, portanto, é muito importante que a população tome a vacina, que pode evitar a doença. O mal pode se manifestar de forma grave em pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, principalmente, crianças, mulheres gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas.

FONTE:(SECOM) AGÊNCIA PARÁ

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Ceilândia e São Sebastião serão próximos locais de ação do GDF contra dengue


GDF

Governador em exercício, Paco Britto, visitou as tendas da Estrutural e de Candangolândia neste domingo (26)


Governador em exercício, Paco Brito visita tendas de atendimento emergenciais contra a dengue montadas nas unidades de saúde da Estrutural e da Candangolândia / Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília.


As cidades de Ceilândia e São Sebastião serão as próximas a receber a força-tarefa do Governo do Distrito Federal para tratar de pacientes com suspeita de dengue. Os trabalhos chegarão terça-feira (28) à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia e a outra em São Sebastião, e contarão com o mesmo atendimento emergencial realizado nos outros seis centros. Na manhã deste domingo (26), o governador em exercício, Paco Britto, conferiu as instalações das tendas montadas na Estrutural e na Candangolândia. No sábado, ele visitou outros dois centros de atendimento, Planaltina e Sobradinho II.
“O primeiro atendimento é aqui. Queremos desafogar os hospitais. Nós montamos as tendas em uma verdadeira operação de guerra contra o mosquito [aedes Aegypti, transmissor da dengue]”, reforçou o governador em exercício, na presença de duas pessoas que estavam sendo atendidas na tenda montada na Candangolândia.
Uma delas é a moradora de Riacho Fundo Edvalda de Jesus, 37 anos, que precisou da aplicação de Dramin injetável endovenoso, para cortar a ânsia de vômito. “Para mim, foi um alívio poder ser atendida aqui”, relatou. Ela disse ter sido socorrida pela Samu, que a encaminhou para a estrutura montada na Candangolândia. Já Marcos Vinícius da Conceição Araújo, 19 anos, chegou ao mesmo local com os sintomas da dengue, em sinal de gravidade, segundo informaram os enfermeiros. Ele mora na Vila Telebrasília e está recebendo hidratação venosa.
Atendimento
Só no sábado (25), a estratégia adotada pelo GDF para aumentar os pontos de assistência às pessoas com dengue resultou no atendimento de 195 pacientes, acolhidos nos seis centros de hidratação montados pelo Executivo local. Três pacientes foram removidos para hospitais. O anúncio do reforço à ação de saúde aconteceu durante a visita às tendas montadas na Cidade Estrutural e, em seguida, na Candangolândia.
“É disso que nós precisamos: respostas rápidas”, destacou o vice-governador, acompanhado pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto. “Isso desafoga os hospitais. São quase 200 pacientes que deixaram de procurar os hospitais em uma tarde. Além da rápida resolutividade, foram atendidos sem espera. Essa é a resposta que a população quer”.
Equipes
Nos locais, escolhidos estrategicamente, de acordo com a incidência da dengue, a assistência será prestada por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que darão rápida resposta ao cidadão que buscar atendimento.  Nesses centros são oferecidas as hidratações oral e venosa, além do teste rápido, quando necessário, uma vez que o diagnóstico clínico é soberano.
“Os pacientes que precisam de hidratação e não têm local para fazer acabam procurando os hospitais, sobrecarregando a rede, principalmente o Hospital de Base, que não tem como finalidade esse tipo de atendimento”, avaliou o secretário Osnei Okumoto. “Então, é muito importante ter essas tendas, agora, com o reforço de mais duas, em Ceilândia e em São Sebastião, dando atendimento célere, gerando uma recuperação mais rápida e, principalmente, observando quem tem comorbidades, doenças crônicas, pois esses pacientes serão encaminhados aos hospitais devidamente regulados”.
Serviço
Como funcionaA pessoa que apresentar os sintomas da dengue – febre alta com início súbito (entre 39º e 40º C), forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos que piora com o movimento -, manchas e erupções na pele, extremo cansaço, dores nas articulações, náuseas e vômitos, deve procurar um dos centros de hidratação. Não havendo um na sua região, o local mais adequado para a assistência é a unidade básica de saúde mais próxima. Na tenda, há o acolhimento com avaliação clínica e os casos mais graves são encaminhados para os hospitais. Três ambulâncias estão destinadas a este transporte. Cada centro de hidratação tem a capacidade de atender, em média, a 100 pessoas, e funcionará das 7h às 19h, durante as próximas três semanas.
100Número aproximado de pessoas que cada centro de hidratação tem capacidade de atenderDesde o início do ano, foram inspecionados 389.264 imóveis. O UBV, conhecido popularmente como fumacê, foi aplicado nas redondezas de 453.250 imóveis, tendo sido instaladas 653 armadilhas em diversos outros locais. A retirada de itens inservíveis também ocorreu em várias regiões do DF, de modo a eliminar possíveis criadouros do mosquito.VigilânciaO combate ao mosquito aedes Aegypti é constante no Distrito Federal. Durante o período sazonal de manifestação da dengue, a pasta mobilizou, além dos 542 agentes de Vigilância Ambiental, mais 400 militares do Corpo de Bombeiros e 138 homens do Exército, somados aos servidores dos outros órgãos que colaboraram nas diversas ações de combate ao vetor, realizadas em todas as regiões administrativas do DF.
Com informações da Secretaria da Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA 

terça-feira, 21 de maio de 2019

Saúde registra 19,8 mil casos de dengue no DF em 2019

SAÚDE DF
Número é 12 vezes maior que o contabilizado no ano passado. Dezesseis pessoas morreram por conta do doença.
Resultado de imagem para Saúde registra 19,8 mil casos de dengue no DF em 2019
FOTO:DF Águas Claras
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) divulgou, nesta terça-feira (21), novo boletim epidemiológico sobre a dengue na capital. Segundo os dados, entre janeiro e o dia 11 de maio, houve 19.812 notificações da doença no Distrito Federal. O número 12 vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram 1.676 casos.
A alta no número de ocorrências também causou um salto nos registros de morte pela doença: já foram 16 em 2019, contra apenas uma nos primeiros cinco meses do ano anterior. A pasta ainda investiga outras quatro suspeitas de morte por dengue.
Do total, a Secretaria de Saúde considera que 17.304 são casos prováveis da doença, transmitida pelo mosquito aedes aegypti. Também foram contabilizados 30 casos graves, em que as pessoas sobreviveram, e 279 ocorrências de dengue com sinais de alarme.

Vírus do tipo II

Segundo o diretor de Vigilância Epidemiológica da SES, Délmason Carvalho, uma das causas para o aumento é maior o aparecimento de casos do vírus do tipo II da dengue, mais agressivo e resistente a anticorpos.
“Quando começa a circular um vírus diferente, mais pessoas têm maior probabilidade de serem contaminadas, e aí ocorre uma epidemia”, afirma o diretor.
Secretaria de Saúde do Distrito Federal — Foto: Raquel Morais/G1Secretaria de Saúde do Distrito Federal — Foto: Raquel Morais/G1Secretaria de Saúde do Distrito Federal — Foto: Raquel Morais/G1
As regiões mais afetadas pela doença são Itapoã, Paranoá e São Sebastião. Juntas, as três somam 3.881 ocorrências da doença. Em seguida, aparecem Planaltina, Fercal e Sobradinho.
Ainda segundo a Secretaria de Saúde, há indícios de que, com o fim das chuvas, haja redução na circulação de mosquitos transmissores da dengue no DF. No entanto, a pasta afirma que a informação só poderá ser confirmada nas próximas semanas.

Fumacê

Mesmo com a disparada de casos no DF, uma das medidas de combate à dengue foi suspensa pelo governo. O carro do "fumacê" – que lança inseticida pelas ruas para combater a proliferação do aedes aegypti – deixou de circular pelo Distrito Federal na semana passada.
O serviço foi interrompido por conta de problemas no galpão onde a mistura é preparada, em Taguatinga Norte. O local foi interditado pelo Ministério Público do Trabalho no último dia 14 por uma série de irregularidades.
Tonéis de inseticida em galpão improvisado na administração regional de Taguatinga, no DF, onde o fumacê contra dengue era preparado — Foto: TV Globo/ReproduçãoTonéis de inseticida em galpão improvisado na administração regional de Taguatinga, no DF, onde o fumacê contra dengue era preparado — Foto: TV Globo/Reprodução
    Tonéis de inseticida em galpão improvisado na administração regional de Taguatinga, no DF, onde o              fumacê contra dengue era preparado — Foto: TV Globo/Reprodução
No galpão onde o fumacê era produzido, inseticidas vencidos eram misturados a venenos ainda dentro da validade, segundo o MPT. Tudo era feito em cima de uma bancada improvisada e os funis eram, na verdade, galões de água cortados. Sujeira e falta de ventilação também integravam o cenário.
Após a divulgação do caso, a Secretaria de Saúde admitiu a interrupção do serviço, mas não deu prazo para a retomada.

G1 DF