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terça-feira, 9 de abril de 2019

Temporal no Rio de Janeiro deixa ao menos três mortos

BRASIL
 Volume de chuva é superior ao registrado nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando seis pessoas morreram; Prefeitura suspendeu as aulas nesta terça em toda a rede municipal e pediu que população se desloque somente em casos de extrema necessidade
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Um temporal que atinge o Rio de Janeiro desde o início da noite desta segunda-feira, 8, alagou ruas, derrubou árvores e destruiu carros em vários bairros. A Polícia Militar confirmou que uma pessoa morreu na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, zona sul da cidade. Segundo relatos, um homem que estava na garupa de uma moto acabou derrubado pela correnteza e foi arrastado pela água. Quando o alagamento na via diminuiu, o corpo foi encontrado preso embaixo de um carro. No Morro da Babilônia, o Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro em um soterramento e informou que duas mulheres adultas morreram. As equipes continuam no local em busca de outras possíveis vítimas.
Chuva provoca alagamento no Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (8).
Chuva provoca alagamento no Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (8).Foto: ARIEL SUBIRÁ/FUTURA PRESS

A força da água causou o desabamento de mais um trecho da Ciclovia Tim Maia, que liga o Leblon, na zona sul, à Barra da Tijuca, na zona oeste. Desta vez, a parte que caiu fica próxima ao bairro de São Conrado. O desabamento ocorreu por volta das 22h, quando a via já estava fechada. Desde que foi inaugurada, em 2016, a estrutura já sofreu quatro desabamentos.

O mais grave deles ocorreu logo após a inauguração, quando uma ressaca no mar derrubou uma parte da pista, matando duas pessoas.A cidade entrou em estágio de atenção às 18h35 e às 20h55 passou para o estágio de crise — o mais grave de três níveis de risco, segundo a escala usada pela Prefeitura. Segundo a administração, em quatro horas choveu mais do que nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando a chuva causou a morte de seis pessoas.
Até as 23h, a Defesa Civil havia acionado 39 sirenes em 20 comunidades. Bombeiros recorreram a botes para retirar alunos de uma escola na Gávea.A Prefeitura informou que em razão das chuvas estão canceladas as aulas da rede municipal nesta terça e pede que população se desloque somente em casos de extrema necessidade.


FONTE: ESTADÃO

PF faz operação na casa de empresário em Barra do Piraí

BRASIL

Empresário volta a ser alvo da Polícia Federal (crédito Redes Sociais)
Barra do Piraí – Agentes da Polícia Federal estão na manhã de hoje, terça-feira, 9, na casa do empresário Ronald de Carvalho, dono de uma Metalúrgica Barra do Piraí. Ele está sendo investigado por conta de contratos com o governo estadual durante mandato do ex-governador Sérgio Cabral, que está preso em Bangu.
O empresário é citado nas irregularidades para fornecimento de contêineres destinados a construção de UPP (Unidade Policial Pacificadora) e UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A ideia era usar contêineres para abrigar as unidades, já que, segundo as explicações iniciais, tornaria a construção mais rápida e mais barata. As unidades ganharam o apelido de “UPAs de lata”.
O ex-secretário de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, citou Ronald num depoimento ao juiz Marcelo Brêtas,  responsável por diversos processos da Operação Lava-Jato no Estado do Rio e quem condenou à prisão o ex-governador Sérgio Cabral.
De acordo com Côrtes, o empresário teria conhecido Pezão em Piraí, cidade vizinha a Barra do Piraí e da qual o peemedebista foi prefeito; Côrtes afirma que Ronald foi uma indicação do então vice-governador para o fornecimento do material. Para isso, a licitação foi direcionada no início do primeiro mandato de Cabral. Até então, o empresário não tinha contratos com o poder público.


FONTE: DIÁRIO DO VALE

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Rio tem ao menos sete mortos e oito feridos em tiroteios em menos de 24 horas

BRASIL
Troca de tiros entre polícia e criminosos deixou vítimas na Rocinha, no Complexo do Chapadão, no bairro da Praça Seca e na Cidade de Deus
Um dos baleados foi atingido em frente a supermercado no bairro da Praça Seca, no Rio de Janeiro
Reprodução/Wikimedia Commons


Um dos baleados foi atingido em frente a supermercado no bairro da Praça Seca, no Rio de JaneiroO fim da semana útil não trouxe paz para os fluminenses, que já enfrentavam uma das semanas mais violentas do ano. Isso porque, em menos de 24 horas, ao menos sete pessoas morreram e outras oito foram baleadas em tiroteios na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
De acordo com o jornal O Globo , na noite de sexta-feira, policiais entraram em confronto com criminosos na Rocinha , na Zona Sul do Rio de Janeiro . Após troca de tiros, dois homens foram feridos e levados ao Hospital Miguel Couto, na Gávea. Um deles não resistiu e morreu. Na ocorrência, a PM afirma que foram apreendidos uma mochila com entorpecentes e fogos. Um criminoso conseguiu fugir e um menor foi levado sob custódia.
Também na noite de sexta, quatro suspeitos foram mortos em operação da polícia no Complexo do Chapadão, na Zona Norte. Eles foram baleados em confronto entre bandidos e policiais em um local conhecido como Pirâmide. Três deles chegaram vivos ao Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiram. O terceiro já chegou morto ao pronto-socorro. De acordo com a polícia, foram encontradas três pistolas com os suspeitos.

No bairro da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, uma pessoa morreu e outras duas foram baleadas durante um tiroteio nas comunidades do Bateau Mouche e Chacrinha nesta sexta-feira. Entre os feridos, estão uma adolescente de 15 anos, que passa bem após cirurgia, e um homem de 35 anos, que segue em situação estável após ser atingido no abdômen por uma bala perdida em um supermercado. A vítima fatal foi um homem de 34 anos que foi baleado na cabeça.No sábado, uma mulher de 39 anos também foi baleada em tiroteio na Praça Seca.

Ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas, de acordo com O Globo , ainda não há informações sobre seu estado de saúde.O comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) informou que um homem morreu neste sábado durante tiroteio entre policiais e criminosos. Segundo a polícia, o objetivo inicial da operação era "reprimir o tráfico de drogas e roubo de cargas e de motocicletas na comunidade".
Durante a abordagem na região conhecida como Pantanal, em Duque de Caxias, Região Metropolitana do do Rio de Janeiro, os políciais foram atacados. Houve confronto e, depois das buscas, um homem foi encontrado ferido no chão, com uma pistola. Ele foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos. Outros quatro homens foram presos com drogas.

* Com informações da Agência Brasil.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

SAÚDE

MPF no RJ acusa Ministério da Saúde de omitir informações sobre reposição de temporários; União garante que vai contratar

 

Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte (Foto: Reprodução Google Streetview)
Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte (Foto: Reprodução Google Streetview)
Hospital Federal da Lagoa, na Zona Sul (Foto: Reprodução Google Streetview)
Hospital Federal da Lagoa, na Zona Sul (Foto: Reprodução Google Streetview) 

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro acusa o Ministério da Saúde de omitir informações referentes à saída de médicos, auxiliares de enfermagem e enfermeiros de unidades de saúde federais no estado com contratos temporários. Os procuradores querem saber se o atendimento não será prejudicado com o remanejamento de profissionais.
Segundo informações da própria pasta, terminam em 2017 os contratos de 662 profissionais, número que representa mais de 20% do total (3.226) de pessoas contratadas como temporários em hospitais da União no estado. O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) informou que grande parte desses funcionários trabalha há mais de dez anos nas unidades.
O impasse entre as entidades envolve justamente o fim desses acordos. O problema se agrava há mais de um ano até que, em 2016, o MPF e outros órgãos decidiram contestar na Justiça via ação civil pública a resolução do problema. 

Com a proximidade do fim dos contratos e outros já interrompidos, há duas semanas o MPF requereu à Justiça uma decisão liminar que force a União a contratar médicos para repor os cerca de 470 que terão os contratos finalizados.
Além disso, o órgão federal solicitou informações detalhadas ao Ministério da Saúde sobre os locais dos quais sairiam os profissionais de saúde e especialidades que deixariam de ser atendidas nesses hospitais. O objetivo é entender de que forma está ocorrendo o remanejamento. 
G1 RJ

 


   

 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

BRASIL

Governo do RJ lança edital 

que prevê gastar até R$ 2,5 

 milhões com serviço de jato 

executivo





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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Em meio a uma crise financeira sem precedentes e devendo quase 3 salários aos servidores, o governo do Rio de Janeiro vai desembolar R$ 2,5 milhões para acomodar o governador Luiz Fernando Pezão nas viagens oficiais durante um ano. O Estado publicou nesta quinta-feira (10) um edital para a contratação de uma empresa de táxi áereo para servir o "chefe do poder executivo do estado", ou seja, o governador
É tanto dinheiro que, se o governador optasse por viajar em um voo comercial para Brasília, por exemplo, daria para ir e voltar mais de mil e quinhetas vezes.
Segundo o edital, o jato executivo deve ter banheiro privativo em compartimento independente da cabine de passageiros, para maior privacidade, poltronas giratórias para possíveis reuniões, e altura mínima de cabine de um metro e sessenta e cinco centímetros, para acomodar os passageiros mais altos, como um certo governador que tem 1,90m.
Além do conforto na cabine, o edital especifica o tipo de jatinho desejado: a aeronave deverá ter um avião a jato, com duas turbinas, com capacidade mínima de seis passageiros, além da tripulação.
Também deve ter velocidade mínima de cruzeiro de 750 km/h, autonomia mínima de 3 horas e meia de voo, sendo capaz de percorrer uma distância de 2.200 quilômetros.
"A gente acha isso uma inversão de prioridades, porque o servidor está praticamente passando fome e considera [a contratação do serviço] uma regalia do governador", disse o coordenador do Sind-perfaetec, Luiz Eduardo Ferreira. 
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Edital pede 'serviço de excelência' para o táxi aéreo do governo do RJ (Foto: Reprodução/TV Globo)


O serviço serviria para, nas palavras do governo do estado, que seja possível ir do Rio de Janeiro às principais capitais nacionais, como Brasília, São Paulo e Belo Horizonte.
O governo do Estado argumentou, em nota, que é "imprescindível garantir que os integrantes do Poder Executivo tenham flexibilidade de horários de voos e disponibilidade de aeronaves para deslocamentos de trabalho e emergências". Ainda segundo o governo, o valor do contrato, de até R$ 2,5 milhões, estabelece um limite máximo de valor que, no entanto, estará vinculado ao uso do serviço. Ou seja, se não houver necessidade da utilização do total de voos previsto no contrato, o desembolso do estado será inferior ao valor estipulado.
Por fim, o governo afirma que a contratação é necessária devido à expiração do contrato anterior para a prestação desse serviço, firmado em 2012, no valor de R$ 3,4 milhões.

 G1

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

BRASIL

PRF resgata caminhoneiro e 

recupera carga roubada em 

estrada federal do Rio

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Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) recuperaram a carga roubada de um caminhão e libertaram o motorista que foi feito refém em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio A ação ocorreu na madrugada de hoje (9), na altura do km 309 da Rodovia Niterói-Manilha, no município de São Gonçalo. De acordo com a PRF, quatro homens armados utilizando um carro particular renderam os funcionários da transportadora e levaram o caminhoneiro até a Favela do Salgueiro.
Na rodovia, os empregados da transportadora encontraram uma equipe da Polícia Rodoviária Federal e informaram aos agentes do roubo da carga. Eles disseram que o caminhão tinha rastreador e que, pelo equipamento, foi possível verificar que o veículo estava fora da estrada, dentro da comunidade.
Os policiais foram ao local e verificaram que cerca de 10 criminosos estavam saqueando a carga de alimentos e autopeças. Com a chegada da equipe, os suspeitos fugiram, sem entrar em confronto com os agentes. O motorista foi resgatado ileso e a carga, avaliada em R$ 350 mil, quase toda recuperada. O caso foi registrado na delegacia de Neves, em São Gonçalo.
Operação Égide
A ação faz parte da Operação Égide, que teve início em julho, com a vinda de 380 homens da PRF de outros estados reforçar o policiamento nas estradas federais de acesso ao Rio. O objetivo principal é o combate ao roubo de cargas, além da repressão a outros crimes, como o tráfico de drogas.
Em julho último, as empresas de transporte de carga que trafegam pelas estradas do Rio ameaçaram paralisar o serviço de entregas no estado, tendo como consequência o desabastecimento no comércio, caso os roubos a caminhão não forem contidos. O pedido do reforço no policiamento pela PRF foi feito pelo governador Luiz Fernando Pezão ao presidente Michel Temer.

Jornal do Brasil

domingo, 6 de agosto de 2017

BRASIL

Crise multiplica mendigos e até 

executivos viram sem-teto no Rio 

de Janeiro

Sem-teto dorme na rua no Rio de Janeiro Mauro Pimentel/ AFP



Vilmar Mendonça foi gerente de Recursos Humanos de várias empresas, mas há um ano e meio mora nas ruas do Rio de Janeiro, junto a milhares de vítimas da crise da Cidade Maravilhosa.Mendonça perdeu seu emprego em 2015. 

Conseguiu se manter com suas economias por algum tempo, mas ficou sem dinheiro para pagar o aluguel.Hoje, aos 58 anos, ele dorme em um banco em frente ao aeroporto Santos Dumont, deixa alguns pertences em uma agência bancária da qual é cliente, faz sua higiene em banheiros públicos e sobrevive da comida distribuída por ONGs."É uma situação terrível para mim, mas não tenho outra alternativa", diz este ex-executivo, magro, divorciado e sem filhos, natural de Itajaí (Santa Catarina), enquanto analisa ofertas de trabalho em seu computador graças ao Wi-Fi do aeroporto.Com camisa social e tênis moderno, Mendonça não aparenta ser um dos milhares de sem-teto da cidade, de seis milhões de habitantes.
Com camisa social e tênis moderno, Mendonça não aparenta ser um dos milhares de sem-teto da cidade, de seis milhões de habitantes.
Vilmar Mendonça foi gerente de Recursos Humanos de várias empresas e hoje vive nas ruas do Rio
No final de 2016, a prefeitura do Rio registrava 14.279 pessoas em situação de rua, o triplo que em 2013.Setenta deles têm nível superior, como Mendonça, que se formou em administração de empresas em São Paulo e trabalhou para a subsidiária de uma multinacional.Sua situação reflete a gravidade de uma recessão que deixou 13,5 milhões de desempregados, assim como a realidade de uma cidade que há apenas um ano inaugurava com pompa os Jogos Olímpicos.

Mendonça fala da dificuldade de procurar e de conseguir ajuda em um momento como esse. Como muitos, ele não contou sua situação a quase ninguém."Quando você está em uma situação assim, ninguém quer estar perto de você", comenta.

Apesar de tudo, ele acredita que isso é algo passageiro e se esforça para não deixar a peteca cair.Durante o dia, faz exercícios físicos, lê em cafés e livrarias, escreve em seu perfil no Facebook - onde aparece de terno e gravata - e vai a entrevistas de trabalho, nas quais concorre com centenas de candidatos mais jovens que ele.

À noite, coloca roupas simples e um boné para passar despercebido, enquanto se cobre, deitado no banco, perto das câmeras de segurança do aeroporto.
"Eu procuro ficar isolado, até para não perder o foco da minha subsistência, porque se eu me juntar com outras pessoas posso conviver com coisas que não quero, como drogas ou sujeira", afirma.

Funcionários sem pagamento

Embora a maioria dos cariocas estejam acostumados a desviar o olhar, os turistas que passeiam por Copacabana e Ipanema se surpreendem com a quantidade de pessoas sem-teto que encontram pelas esquinas - um cartão postal muito diferente do anunciado nos guias de viagem.
No centro histórico, perto dos Arcos da Lapa, a cada noite grupos de até 20 pessoas ocupam ruas inteiras, e dezenas dormem sobre papelões, enrolados em mantas.

A imagem impressiona, mas não tanto quanto as histórias por trás de cada morador de rua.
A maioria é de negros de origem pobre, e muitos são viciados em drogas, com problemas psicológicos ou familiares; há também vendedores ambulantes e funcionários públicos aposentados, como Gilson Alves.Alves, de 69 anos, trabalhou durante 35 anos como técnico em radiologia em hospitais públicos do Rio. Mas devido aos atrasos no pagamento da sua aposentadoria, teve que vender seus pertences e sair do apartamento alugado.

Alves nunca teve uma vida fácil. 
Aos cinco anos, perdeu uma perna quando foi atropelado por um bonde. Há dois meses, foi para a rua com uma sacola e, depois de lhe roubarem tudo, foi resgatado pelos serviços da prefeitura e levado a um dos 64 albergues municipais, com capacidade para 2.200 pessoas.
"Me sinto muito triste, humilhado com esta situação, machucado por ter prestado tantos anos de serviço na área de saúde (...) e não ter conseguido construir nada por culpa de um governo", diz.

Ele divide quarto em um albergue da Ilha do Governador com seis pessoas idosas, entre elas Jorge da Cunha, um operário com problemas respiratórios, de 63 anos, que perdeu seu trabalho há dois anos.
O lado mais fraco

"A situação é crítica", reconhece em declarações a secretária de Assistência Social do Rio, Teresa Bergher.Muitos brasileiros chegaram ao Rio procurando emprego durante a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, mas hoje o estado está com os cofres vazios, vítima da queda do preço do petróleo e atingido por uma corrupção endêmica.O ex-governador Sérgio Cabral (2007-2014) foi condenado a mais de 14 anos de prisão, acusado de desviar milhões de reais. Uma parte da quantia recuperada permitiu, em março, pagar os décimos terceiros atrasados de cerca de 150.000 funcionários públicos aposentados.

"O crescimento acelerado de pessoas em situação de rua no Rio se deve principalmente à crise econômica e também à falta de políticas públicas para o setor", afirma a defensora pública Carla Beatriz Nunes.Diante deste vazio, redes de voluntários de igrejas e ONGs oferecem atenção social, servem cafés da manhã e algumas organizam até aulas de ioga para os sem-teto."Quem paga pela crise é quem tem menos condições financeiras, menos estudos", afirma Robson, um operário da construção desempregado, de 43 anos, cujo rosto sujo faz com que seus brilhantes olhos azuis sobressaiam ainda mais.

UOL 

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

BRASIL

Criminosos armados com fuzis atacam caminhão dos Correios e roubam carga no Rio
4.ago.2017 - Caminhão do Correios foi roubado na manhã dexta sexta em Benfica
4.ago.2017 - Caminhão do Correios foi roubado na manhã dexta sexta em Benfica Reginaldo Pimenta/Raw Image/Estadão Conteúdo

Um caminhão dos Correios foi atacado por homens armados na zona norte do Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (4). Criminosos armados com um fuzis interceptaram o veículo, que estava próximo ao centro de distribuições da empresa, em Benfica, e o levaram até o morro do João, onde a mercadoria foi distribuída para moradores da comunidade.Policiais militares da região, que conta com uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), chegaram a trocar tiros com os criminosos. O caminhão e parte da carga foram recuperados.A UPP informou que o policiamento no local foi reforçado. A PM tenta localizar os assaltantes.De acordo com os Correios, há áreas na cidade com "restrição de entrega" devido à violência. Em nota, a empresa informou que trabalha desde 2016 com escolta armada no Estado.O roubo de carga no Rio de Janeiro cresceu cerca de 25% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado e é uma das principais preocupações do governo. Ao todo, foram registradas 4.148 ocorrências entre janeiro e junho de 2016 contra 5.179 em 2017, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública.No dia 28 de julho, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e os ministros da Defesa, Raul Jungmann (PPS), e da Justiça, Torquato Jardim, anunciaram um plano específico para combater o roubo de cargas.Desde a semana passada, ao menos 10 mil militares reforçam o policiamento no Estado, como parte do Plano Nacional de Segurança no Rio de Janeiro. Ocorrências de roubos de carga, como a verifica hoje, foram registradas após militares deixarem as rusa do Rio ao final da primeira etapa do plano, chamada de reconhecimento de área. Na manhã desta sexta (4), o ministro da Defesa afirmou que não há como as Forças Armadas permanecerem nas ruas todo o tempo.Segundo a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), em cinco anos, o prejuízo decorrente do roubo de carga no Brasil passa de R$ 6 bilhões. No Rio de Janeiro, a estimativa é que o preço de alguns produtos fique 20% mais caro por causa do delito e as transportadoras chegaram a ameaçar uma paralisação, caso o problema não seja resolvido.

UOL

segunda-feira, 17 de julho de 2017

SEGURANÇA

Secretário de Segurança diz que 

estaria em casa se soubesse que 

ocorreriam tantas tragédias






Acuado. Roberto Sá: sociedade sem freios Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
Acuado. Roberto Sá: sociedade sem freios - Gabriel de Paiva / Agência O Globo


Em entrevista ao “Fantástico”, da Rede Globo, o secretário de Segurança, Roberto Sá, disse que o caos financeiro do estado, a crise moral pela qual o país passa e a legislação atual agravam a violência no Rio. 
 
— Estou pagando um preço caro enfrentando o que estou enfrentando. Se eu soubesse que essas tragédias se sucederiam com essa crueldade e frequência, e que hoje eu estaria dessa forma, tentando explicar o que a polícia pode melhorar, com tamanha escassez de recursos e o Brasil vivendo essa tragédia moral, eu acho que estaria em casa vendo o programa de vocês (Fantástico) e torcendo, rezando muito para que quem estivesse ali (no comando da Secretaria de Segurança) tivesse um equilíbrio para aguentar essa pressão toda — disse Sá, na entrevista. 

Ele ressaltou que tem cobrado da polícia “uma ação humana e profissional”, que diminua a possibilidade de confrontos. Além disso, tem defendido mudanças na legislação, principalmente para aumentar as penas e reduzir a impunidade:
— Nós somos um país da lei que não pega, um país do jeitinho, da impunidade, campeão de linchamento. Somos um país onde o preso não é preso; é preso, mas responde em liberdade. Fiz uma proposta ao Ministério da Justiça para dobrar todas as penas de quem possui, porta, comercializa ilegalmente e trafica armas de fogo. Além disso, propus, também, o cumprimento de uma pena maior para a pessoa ter o beneficio de progressão de regime quando comete um crime violento contra a vida. Hoje, a nossa legislação não cumpre o seu papel social.
Segundo o secretário, cerca de nove mil armas de fogo são apreendidas por ano no Rio, o que, na sua opinião, é como enxugar gelo:


— Não vejo um movimento nacional de enfrentamento a essa questão: desarmar e punir com muito rigor quem usa arma de fogo pra praticar crimes.
‘Nós somos um país da lei que não pega, um país do jeitinho, da impunidade, campeão de linchamento. Somos um país onde o preso não é preso’
- Roberto SáSecretário de Segurança do Rio
Perguntado se tem conseguido dormir diante da situação atual, o secretário respondeu que muito pouco:
— Às vezes sim, não é muito comum, mas uma das coisas que tem me permitido dormir um pouco é a certeza de que estou me doando como jamais fiz na minha carreira. Tenho uma carreira policial muito digna, longa e com muitas experiências.
Sá criticou ainda a banalização da violência.
— A sociedade está sem freios. Vou morrer com essa indignação, da crueldade do ser humano com outro ser humano. O animal mata para se alimentar, nós matamos por desprezo à vida.

Na opinião do secretário, a falta de recursos também prejudica a segurança:
— Eu não consigo colocar um policial extra, hoje, para pagar o RAS, que é o nosso regime adicional de serviço. Em 2015, 2016, jorrava dinheiro no estado. O secretário (José Mariano) Beltrame (que esteve no comando da secretaria até outubro do ano passado), botava 500 policiais, mil policiais porque tinha dinheiro sobrando.
POLICIAL É ENTERRADO EM MESQUITA
Um dos problemas enfrentados por Sá é o grande número de policiais mortos este ano. Neste domingo, foi enterrado no Jardim da Saudade, em Mesquita, o corpo do 87º PM assassinado no estado, o soldado Cleber de Castro Xavier Junior, de 28 anos. Ele reagiu a um roubo no Grajaú, na noite de sexta-feira. O militar completaria 29 anos ontem. Cerca de 800 colegas e parentes participaram do velório.

Fonte: O Globo