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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Febre amarela: Brasil teve 353 casos e 98 mortes desde julho, diz ministério

SAÚDE

O Brasil confirmou 353 casos e 98 óbitos no período de 1º julho de 2017 a 6 de fevereiro deste ano. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 509 casos e 159 óbitos. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (7), pelo Ministério da Saúde.
Os balanços foram encaminhados pelas secretarias estaduais de saúde. Ao todo, foram notificados 1.286 casos suspeitos, sendo que 510 foram descartados e 423 permanecem em investigação, neste período.
Os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano.
População toma vacina em posto, em São Paulo
População toma vacina em posto, em São Paulo
Transmissão
O Ministério da Saúde informa que não há registro confirmado de febre amarela urbana no país. O caso de febre amarela em São Bernardo do Campo (SP) está sendo investigado por uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES/SP), o que inclui o histórico do paciente e captura de mosquitos para identificar a forma de transmissão na região. De acordo com o ministério, deve ser observado que o paciente mora na região urbana, e possivelmente trabalha na área rural. "Qualquer afirmação antes da conclusão do trabalho é precipitada.  É importante informar que São Bernardo do Campo (SP) é uma das 77 cidades dos três estados do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia) incluídas na campanha de fracionamento da vacina de febre amarela", destaca nota do órgão.
O Ministério da Saúde ainda esclarece que todos os casos de febre amarela registrados no Brasil desde 1942 são silvestres, inclusive os atuais, ou seja, a doença foi transmitida por vetores que existem em ambientes de mata (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). Além disso, o que caracteriza a transmissão silvestre, além da espécie do mosquito envolvida, é que os mosquitos transmitem o vírus e também se infectam a partir de um hospedeiro silvestre, no caso o macaco.
O ministério reforça que a probabilidade da transmissão urbana no Brasil é baixíssima por uma série de fatores: todas as investigações dos casos conduzidas até o momento indicam exposição a áreas de matas; em todos os locais onde ocorreram casos humanos, também ocorreram casos em macacos; todas as ações de vigilância entomológica, com capturas de vetores urbanos e silvestres, não encontraram presença do vírus em mosquitos do gênero Aedes; já há um programa nacionalmente estabelecido de controle do Aedes aegypti em função de outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya), que consegue manter níveis de infestação abaixo daquilo que os estudos consideram necessário para sustentar uma transmissão urbana de febre amarela. Além disso, há boas coberturas vacinais nas áreas de recomendação de vacina e uma vigilância muito sensível para detectar precocemente a circulação do vírus em novas áreas para adotar a vacinação oportunamente.
FONTE: JORNAL DO BRASIL

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Ministério da Saúde envia mais 1 milhão de seringas para São Paulo

FEBRE AMARELA
Resultado de imagem para SERINGAS FEBRE AMARELA
FOTO: REPRODUÇÃO 

O Ministro da Saúde Ricardo Barros afirmou que mais um milhão de seringas para fracionamento serão encaminhadas para São Paulo nos próximos dias. A medida será adotada numa resposta ao aumento dos distritos de saúde da capital paulista incluídos na estratégia de fracionamento de vacina de febre amarela.
Com a confirmação da morte de um macaco pela doença na região do Zoológico de São Paulo, na zona sul, quatro novos distritos foram incluídos na campanha de vacinação, que se inicia nesta quinta-feira, 25.
Com a expansão, a previsão é de que mais 2 milhões de pessoas tenham de ser imunizadas. O Ministério da Saúde espera que nesses quatro distritos 1,5 milhão de cidadãos recebam doses fracionadas e 500 mil, doses integrais.



A confirmação da morte do macaco, na avaliação do ministro, altera apenas a área de expansão da vacinação, mas não aumenta o risco de febre amarela urbana. “Estamos agindo de acordo com o protocolo”, disse.
Nesta segunda-feira, 22, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um comunicado na qual alerta para o alto risco de mudança no patamar de transmissão da doença por causa do grande número de pessoas não vacinadas morando em áreas onde há atualmente a circulação do vírus.
Barros afirmou que o alerta foi feito em acordo com a equipe técnica da pasta e que ele tem como objetivo principal chamar a atenção para o número de pessoas suscetíveis. Por causa da febre amarela, o Brasil foi classificado pela OMS como grau 2 em emergência em saúde desde o ano passado. Tal indicação exige uma resposta da entidade internacional similar a que oi oferecida por ocasião dos furacões Irma e Maria, no Caribe.
De acordo com técnicos do ministério, não há, no momento, nenhuma discussão para se elevar o grau de emergência para 3, o mais alto na escala. Dia 29, chegam ao Brasil dois técnicos destacados pela OMS para acompanhar o fracionamento de vacina de febre amarela em São Paulo. A expectativa do governo é vacinar, em 15 dias, 20 milhões de pessoas em São Paulo, Rio e Bahia, Estados que vão fazer o fracionamento.
Barros recomendou que pessoas que neste carnaval vão para regiões de risco para febre amarela, se vacinem pelo menos 10 dias antes da viagem.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO

terça-feira, 29 de agosto de 2017

SAÚDE

MPF no RJ acusa Ministério da Saúde de omitir informações sobre reposição de temporários; União garante que vai contratar

 

Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte (Foto: Reprodução Google Streetview)
Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte (Foto: Reprodução Google Streetview)
Hospital Federal da Lagoa, na Zona Sul (Foto: Reprodução Google Streetview)
Hospital Federal da Lagoa, na Zona Sul (Foto: Reprodução Google Streetview) 

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro acusa o Ministério da Saúde de omitir informações referentes à saída de médicos, auxiliares de enfermagem e enfermeiros de unidades de saúde federais no estado com contratos temporários. Os procuradores querem saber se o atendimento não será prejudicado com o remanejamento de profissionais.
Segundo informações da própria pasta, terminam em 2017 os contratos de 662 profissionais, número que representa mais de 20% do total (3.226) de pessoas contratadas como temporários em hospitais da União no estado. O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) informou que grande parte desses funcionários trabalha há mais de dez anos nas unidades.
O impasse entre as entidades envolve justamente o fim desses acordos. O problema se agrava há mais de um ano até que, em 2016, o MPF e outros órgãos decidiram contestar na Justiça via ação civil pública a resolução do problema. 

Com a proximidade do fim dos contratos e outros já interrompidos, há duas semanas o MPF requereu à Justiça uma decisão liminar que force a União a contratar médicos para repor os cerca de 470 que terão os contratos finalizados.
Além disso, o órgão federal solicitou informações detalhadas ao Ministério da Saúde sobre os locais dos quais sairiam os profissionais de saúde e especialidades que deixariam de ser atendidas nesses hospitais. O objetivo é entender de que forma está ocorrendo o remanejamento. 
G1 RJ

 


   

 

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

SAÚDE

Ministério da Saúde amplia vacinação contra HPV para adultos até 26 anos

SAO PAULO, SP, 10/03/2014 BRASIL 15:26:44 meninas com idade de 11 a 13 anos sendo a vacinadas contra o HPV na Casa do Adolescente, em Pinheiros. Mariana Dragone, toma a vacina de hpv. Foto: Robson Ventura/ Folhapress. EMBARGADA PARA VEICULOS ONLINE *** UOL E FOLHA.COM E FOLHAPRESS CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA *** FONES 32242169 3224 3342 ***
Menina sendo a vacinada contra HPV na Casa do Adolescente, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo Robson Ventura - 10.mar.2014/Folhapress

O Ministério da Saúde irá ampliar, temporariamente, a indicação da vacina contra o HPV para mulheres e homens de até 26 anos. A medida, porém, vale apenas para os municípios com estoques de doses a vencer até setembro deste ano.A mudança passa a valer a partir desta sexta-feira (18), quando a medida será anunciada oficialmente.Até então, a vacina era indicada apenas para meninos de 11 a 14 anos, meninas de 9 a 14 anos, pessoas com HIV e Aids de 9 a 26 anos e pacientes transplantados e oncológicos.A ampliação ocorre diante das baixas coberturas de vacinação e da proximidade do vencimento de doses já distribuídas aos Estados e municípios, o que traz o risco de perda de vacinas.A decisão foi tomada nesta quinta-feira (17) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, em reunião com secretários estaduais e municipais.Questionado, o Ministério da Saúde não soube informar quantas doses estarão disponíveis e quais os municípios onde ainda há estoques. Pessoas que quiserem se vacinar podem verificar a disponibilidade nas unidades de saúde.Em junho, no entanto, ao anunciar outra ampliação do público-alvo, a pasta informou que havia 467 mil doses a vencer até o fim deste ano, sendo 233 mil até setembro.Com o término destes estoques, a vacina volta a ser direcionada apenas ao público-alvo anterior.Em geral, as doses da vacina contra o HPV têm validade de três anos. Desde 2014, quando a vacina contra o HPV foi incorporada ao SUS, já foram distribuídas aos Estados 26,4 milhões de doses.

ESQUEMÃO

 esquema de vacinação também muda para quem estiver dentro do novo grupo ao qual a vacina é indicada.Para a faixa etária de 15 a 26 anos, a orientação do Ministério da Saúde é o esquema vacinal com três doses, com intervalo de zero, dois e seis meses. Segundo o ministério, apesar de ser uma medida temporária para evitar o desperdício de vacinas, quem receber as doses terá as demais subsequentes garantidas no SUS.Já o público para quem a vacina já era indicada continuará recebendo as vacinas em duas doses, com seis meses de intervalo.Desde o início da aplicação da vacina, em 2014, já foram aplicadas 18 milhões de doses em meninas de 9 a 15 anos (a vacina é indicada para meninas de 9 a 14, mas pode ser ofertada também àquelas com 15 anos e que receberam a primeira dose). A taxa de cobertura na primeira dose entre as meninas é de 74,7% do público-alvo. Já na segunda, de 47%.Também foram vacinados 853 mil meninos de 12 a 13 anos entre janeiro e junho deste ano, o que corresponde a 23,6% do público-alvo. Em junho, a vacina foi ampliada também para meninos de 11 a 14 anos.

 

O ministério atribui os baixos índices de cobertura contra o HPV à dificuldade em atrair os adolescentes às unidades de saúde e a uma resistência desse grupo às vacinas. A pasta planeja retomar a parceria com as escolas para tentar aumentar os índices.A vacina contra o HPV é a principal forma de prevenção contra o câncer de colo de útero, quarta maior causa de morte entre as mulheres no Brasil. Nos homens protege contra os cânceres de pênis, orofaringe e ânus. Além disso, previne mais de 98% das verrugas genitais.

 

FOLHA DE  S. PAULO

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

BRASIL

Governo federal quer mudar 

modelo de atendimento básico de 
 
saúde no Brasil


Pela nova PNAB, cada UBS teria autonomia para compor as equipes como julgar necessário

Saúde ; atendimento em hospital público ; sistema público de saúde ;  (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O Ministério da Saúde apresentou nesta quinta-feira (10), as novas propostas para a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Entre as alterações relacionadas à gestão estão a possibilidade de financiamento de outros modelos de atenção básica, além da Estratégia de Saúde da Família (ESF), e a unificação das funções dos agentes comunitários e de combate às endemias. Há ainda mudanças no acesso às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e implementação obrigatória do prontuário eletrônico.

Segundo o ministério, ao possibilitar o financiamento de outros modelos de atenção básica, será possível aumentar o número de equipes assistidas pelos Núcleos de Apoio à Família (Nasf). Atualmente, apenas equipes da Estratégia de Saúde da Família recebem suporte.
Outra alteração é que, pela nova PNAB, cada UBS teria autonomia para compor as equipes como julgar necessário. Hoje, elas são formadas por, no mínimo, um médico generalista ou especialista em Saúde da Família, um enfermeiro, um auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Dentistas podem integrar o grupo.
O governo também quer que a UBS passe a receber a indicação de um gerente, que não precisaria ser da área de saúde - hoje há muitos enfermeiros com a incumbência. E aposta na integração da atenção básica com outras áreas, como a vigilância em saúde. Com isso, o Agente de Combate à Endemia poderia compor as equipes com Agentes Comunitários de Saúde. Dessa forma, haveria a unificação do agente comunitário com o de combate às endemias.
"O que estamos fazendo é adequar o PNAB à realidade do País", afirmou ontem o ministro da Saúde, Ricardo Barros. De acordo com ele, as propostas devem começar a ser implementadas no fim deste mês - os municípios têm autonomia para aderir ou não às mudanças.
As medidas foram criticadas por especialistas e entidades ligadas à saúde pública. A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) lançaram notas oficiais contra as propostas. "O texto repete várias vezes que a Saúde da Família é estratégica, mas rompe com essa suposta prioridade ao estabelecer que usará verbas específicas para financiar outras formas de atenção básica", afirma a pesquisadora Ligia Giovanella, da Ensp-Fiocruz.
Para as instituições, ao permitir que o gestor municipal flexibilize equipes de atenção básica, a revisão da PNAB revoga a prioridade do modelo assistencial de Saúde da Família. Segundo Lígia, a mudança poderá minar um dos aspectos que tornou a ESF uma "iniciativa exemplar", reconhecida internacionalmente.
"Hoje, os profissionais das equipes trabalham em tempo integral, e isso é uma característica fundamental para estabelecer o vínculo com os pacientes de cada comunidade. Na nova conformação, qualquer grupo de profissionais, independentemente da carga horária, será considerado de atenção básica - e drenará os recursos."
"Desinformação"
O ministro da Saúde saiu em defesa das propostas. "Há uma desinformação muito grande. Alguns setores alegam prejuízos que não existem com a nova PNAB", afirmou Barros. De acordo com ele, a flexibilização da atuação das equipes de Saúde da Família vai "facilitar o trabalho e as ações desempenhadas pelos profissionais".
O diretor do Departamento de Atenção Básica do ministério, Alan Nunes, disse que não haverá retirada de investimento da área de Saúde da Família. "Reconhecemos que é preciso haver investimentos em outros modelos de organização. Estamos ampliando as possibilidades de reconhecimento, sem prejuízo ao orçamento já destinado à saúde da família."
O epidemiologista Luiz Augusto Facchini, ex-presidente da Abrasco e coordenador da Rede de Pesquisas em Atenção Primária em Saúde, observa que o sistema atual "dá cobertura a 60% da população e é preciso de fato expandi-lo".
"É razoável fazer alterações na PNAB para incluir no Saúde da Família a população hoje atendida por unidades tradicionais. Mas, quando se faz uma mudança nas políticas de saúde, é preciso assegurar recursos para isso. O ministro não deixou isso claro."
Financiamento
Hoje, para financiar a atenção básica, o governo federal transfere aos municípios o Piso de Atenção Básica (PAB), que é proporcional à população - cerca de R$ 24 por habitante por ano. Além do PAB fixo, os municípios recebem recursos extras se adotarem equipes de Saúde da Família - o PAB variável, a partir de R$ 7 mil por equipe.
"O PAB fixo é muito baixo. O governo deveria aumentá-lo para apoiar investimentos na rede básica de saúde e articular o Saúde da Família com as unidades tradicionais. Do jeito que está sendo feito, a revisão vai tirar dinheiro da área, promovendo iniquidades", defendeu Facchini.


ÉPOCA NEGÓCIOS

quinta-feira, 20 de julho de 2017

POLÍTICA


BRASIL PRODUZIRÁ EQUIPAMENTOS DE RADIOTERAPIA A PARTIR 
DE 2018, DIZ MINISTRO



O Brasil deverá passar a produzir, a partir de fevereiro do ano que vem, equipamentos de radioterapia no país. A previsão foi dada hoje (20) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou da entrega de um equipamento de radioterapia no Hospital Universitário de Brasília (HUB) . “Isso vai baratear o custo de manutenção, que hoje é em dólares, com técnicos vindos do exterior e peças vindas do exterior. Teremos técnicos no Brasil e peças com preço em moeda nacional para a manutenção desses aparelhos”.
O Ministério da Saúde e a empresa Varian Medical Systems iniciaram em março de 2016, em Jundiaí (SP), a construção da primeira fábrica de aceleradores lineares da América Latina. Quando foi anunciado, em 2015, a previsão era que a fabrica entrasse em funcionamento no até o final de 2018.
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente são 283 aparelhos de radioterapia no Brasil. Os aceleradores lineares são usados para tratamento de pacientes com câncer.
Demanda
De acordo com a pasta, em 2016 foram realizados 26,5 milhões de procedimentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas, além dos exames preventivos de mamografias e papanicolau. Em 2017, desde janeiro até o momento, foram registrados 8,15 milhões de procedimentos.
A demanda, no entanto, é crescente. Somente no Distrito Federal, a fila para ter acesso à radioterapia é de mais de 800 pacientes, o que é “acima do razoável”, segundo o secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena Pereira da Fonseca.
Por lei, o paciente com câncer tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) no prazo de até 60 dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único.
“Esperamos avançar muito rapidamente na oferta de serviços até para cumprir a Lei dos 60 dias, que não temos podido cumprir por falta de infraestrutura”, diz o ministro. “Mas estamos avançando o mais rápido que podemos para poder ofertar às pessoas mais serviços e serviços mais perto das pessoas, possibilitando novas instalações onde o cidadão viaje menos para ser atendido”.
Radioterapia em Brasília
Com a construção do bunker, espaço destinado para instalação do aparelho, e a aquisição do acelerador linear, o Ministério da Saúde já investiu mais de R$ 4,3 milhões no HUB. Este será o segundo acelerador linear do hospital, que atenderá exclusivamente pacientes do SUS no Distrito Federal. O acelerador tem capacidade para realizar 43 mil sessões de radioterapia por ano, ampliando o atendimento em até 25%. Após a conclusão da obra e início da operação do equipamento, a pasta deve repassar verba de custeio anual de R$ 1,8 milhão à unidade.
O equipamento integra o Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia, que desde 2014 que previa a instalação de 80 aparelhos em todo o país. A pasta ampliou esse número para 100 equipamentos.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL

quarta-feira, 19 de julho de 2017

SAÚDE DF

Apenas em 2017, gripe já causou a 

morte de 22 pessoas no Distrito 

Federal

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Dados do Ministério da Saúde correspondem a óbitos pela síndrome respiratória aguda grave e se referem até 15 de julho  Imagem: Reprodução


Todo inverno a regra é a mesma: a temperatura abaixa e a circulação de vírus aumenta. A capital federal, segundo dados do Ministério da Saúde, registou, neste ano, 22 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) — uma complicação da gripe — e 334 infecções. No Brasil, são 14.180 contaminações e 1.726 óbitos. Os dados foram divulgados no fim da tarde de ontem, mas correspondem até 15 de julho. A friagem vem acompanhada do alerta de prevenção. A procura por atendimento nas emergências da rede pública aumentaram cerca de 40%.
Uma das preocupações da Secretaria de Saúde é a baixa adesão de grupos vulneráveis que não se vacinaram contra a doença. O DF atingiu a meta e imunizou 90,4% do público-alvo, de 687.155 pessoas. Ao todo, 92.602 que não faziam parte de nenhum grupo alvo tomaram a vacina. No balanço final da campanha, foram vacinadas 621.171 pessoas dos grupos prioritários. Entretanto, quatro parcelas prioritárias não chegaram ao índice. Mais de 65 mil crianças entre 6 meses e 4 anos deixaram de tomar as doses. Isso significa que 35,6% dessa população não está protegida. Essa faixa etária é a mais acometida com o mal.

O que deixa a situação mais confortável, porém, não descarta cuidados. É que o vírus H1N1 não contaminou nenhum paciente na cidade. Aqui, os micro-organismos que mais atacam são o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o H3N2, o Metapneumovírus, o Adenovírus e o Influenza B. O VSR infectou uma gestante de 31 anos, que chegou a ser hospitalizada, mas, com tratamento, acabou curada.

Os números disponibilizados pelo Executivo local estão menos atualizados e diferem dos registrados pelo Ministério da Saúde. As informações mais recentes da Secretaria de Saúde correspondem até 25 de junho. A Vigilância Epidemiológica notificou 363 casos de SRAG e três mortes. Os pacientes viviam em Riacho Fundo, no Itapoã e em Samambaia. Sudoeste, Ceilândia e Taguatinga concentram as infecções.

Cuidados

O clima frio favorece a proliferação dos vírus e, com as temperaturas baixas, as pessoas ficam aglomeradas ou confinadas em ambientes fechados. Espirros e tosses favorecem a transmissão. “Nesta época, é preciso manter boa alimentação, hidratação adequada, uso de agasalhos e regras de higiene, como lavagem das mãos e evitar tocar boca e nariz”, explica Ricardo de Melo Martins, especialista em doenças pulmonares e infecções respiratórias da Universidade de Brasília (UnB). O médico destaca que é preciso estar atento a sinais como febre, mal-estar, fadiga e dores pelo corpo. “Logo no início dos sintomas, é preciso buscar ajuda médica”, completa.

Ninguém da Secretaria de Saúde quis comentar os dados. No Boletim Epidemiológico de Gripe, a pasta ressalta que o tratamento para a doença está disponível e que há unidades de vigilância sentinela nos hospitais. As autoridades sanitárias destacam, ainda, que a situação é normal e que monitora a situação. “Todos os casos internados em unidade terapia intensiva (UTI) devem ser notificados e coletadas amostras clínicas para identificação viral”, destaca o texto.

O boletim emitido pelo Ministério da Saúde destaca que as secretarias de Saúde devem disponibilizar aos hospitais públicos e privados o Protocolo de Tratamento de Influenza, sobretudo para os pacientes com fatores de risco, como outras doenças e divulgar à população as medidas preventivas. “(Os gestores devem) notificar e tratar todos os casos e óbitos suspeitos que atendam a definição de caso de SRAG, independentemente de coleta ou resultado laboratorial”, ressalta o documento.


Fonte: CB

segunda-feira, 17 de julho de 2017

SAÚDE

Homens ainda negligenciam o 

cuidado com a própria saúde

Homens ainda negligenciam o cuidado com a própria saúde
(Imagem: Reprodução)

O último sábado (15) marcou mais uma celebração do Dia do Homem. A data, instituída em 1992, tem como finalidade reforçar a importância do cuidado com a saúde masculina, visto que homens, em geral, apresentam o mau hábito de negligenciar a importância da prevenção e dos cuidados médicos.
Dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, indicam que, na faixa entre 20 e 59 anos, os homens morrem mais por causas externas, como violência e acidentes de trânsito e de trabalho, por exemplo. Em seguida vêm as doenças do aparelho circulatório, com as neoplasias (tumores benignos e malignos) em terceiro lugar. Muitos desses casos poderiam ser evitados com os devidos cuidados preventivos.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Leonardo Mariano Reis, essa falta de atenção tem a ver com questões culturais e, também, sociais. “Muitas vezes o homem não arruma tempo para se cuidar”, afirma. “Como a porcentagem de homens que trabalha é maior, as mulheres têm mais facilidade de se cuidar. E mesmo aquelas que trabalham arranjam algum tempo para dedicar à saúde e à beleza”, avalia.
O vice-presidente do Conselho Regional de Psicologia 9ª Região (CRP-GO), Shouzo Abe, aponta outros fatores como os responsáveis por esse fenômeno. “Culturalmente falando, cuidar da saúde mostra fragilidade e ao homem sempre foi imposto o estereótipo de que deve ser forte, protetor”, analisa.
Saúde Mental
Como psicólogo atuante em consultórios, Shouzo estima que apenas cerca de 20% de seus pacientes sejam do sexo masculino. E além de serem minoria, ele destaca que muitas vezes os homens só procuram ajuda especializada quando se sentem no limite com os problemas que enfrentam.
Questões familiares são algumas das principais causas que levam os homens a cuidar da saúde mental — ainda que, em diversas situações, contra sua própria vontade. “Geralmente quando procuram ajuda diz respeito a um casamento que está finalizando e a mulher bate o pé que, se ele não mudar, não procurar um psicólogo, vai se separar. Então não é nem por ele. É porque a mulher determinou”, explica o vice-presidente do CRP-GO.
Em outras situações, são os filhos quem impõem a procura por ajuda. E há também aqueles que só resolvem se cuidar quando é a performance sexual que está em jogo. “Existe um tabu de que o homem ter que ser viril, garanhão, então quando procuram ajuda muitas vezes é porque o problema já estourou. Por exemplo, se decidem cuidar de uma ejaculação precoce, geralmente é porque sofrem com o problema há muito tempo e agora já está mais grave”, comenta.
A situação preocupa, já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 5,8% da população brasileira (homens e mulheres) sofram de depressão. A mesma entidade calcula que 9,3% tenham algum tipo de transtorno de ansiedade. Em ambos os casos a média é superior ao do restante da América Latina.
No entanto, não é só a saúde mental que causa provoca alerta em especialistas, já que 18% dos brasileiros do sexo masculino são obesos e 57% têm sobrepeso, como apontam os dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado anualmente pelo governo federal.
O levantamento apurou também que 7,8% dos homens têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Aproximadamente 27% Consomem bebidas alcoólicas de forma abusiva, enquanto 12,7% fumam.
Planos de Saúde
Até mesmo a busca por planos de saúde revela inércia por parte dos homens. Dados levantados junto à Agência Nacional da Saúde (ANS) mostram que, nos últimos dez anos, mulheres sempre foram a maior parte entre os beneficiários desse tipo de serviço.
Em março de 2007, quando havia 37,3 milhões de usuários de planos de saúde no País, cerca de 20 milhões eram mulheres, enquanto 17,2 milhões eram homens.
Uma década depois, em março de 2017, o número de beneficiários subiu para 47,6 milhões e as mulheres continuaram sendo o maior público, com 25,4 milhões. Homens eram 22,1 milhões.
Ao longo do último ano a taxa se manteve constante. Em maio de 2016, 32,9 milhões de clientes dos planos de saúde eram do sexo masculino, enquanto 36,4 milhões eram do sexo feminino. Em maio de 2017 a proporção é de 33,1 milhões de homens e 36,7 milhões de mulheres.
Shouzo Abe acredita que o paradigma da falta de cuidado por parte dos homens só poderia mudar com campanhas que despertem a importância dessa atenção. “O Ministério da Saúde já fez algumas, mas precisa de mais. É preciso intensificar, juntar a saúde como um todo — Medicina, Enfermagem, Psicologia e Fisioterapia. Seria fantástico”, diz. “A cultura brasileira não incentiva o homem a cuidar da saúde. Precisamos de uma mudança dessa visão social”, complementa.

Fonte: Mais Goiás

quinta-feira, 13 de julho de 2017

POLÍTICA

Para especialistas, nova política 

para grupos vulneráveis pode 

reorganizar atuais ações





Três comissões da Câmara organizaram debate sobre a Política Nacional do Cuidado, prevista em um projeto de lei
Cleia Viana / Câmara dos Deputados
Audiência conjunta das comissões de Legislação Participativa (CLP), de Seguridade Social e Família (CSSF) e de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CIDOSO) para debater sobre o PL 2029/15, que
Deputados e especialistas concordaram que os idosos necessitam de ações integradas
Especialistas que participaram nesta quarta-feira (12) de audiência conjunta de três comissões da Câmara defenderam a aprovação do projeto da Política Nacional do Cuidado (PL 2029/15) que busca proteger grupos mais vulneráveis da população, como crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e, principalmente, os idosos.
O debate foi organizado pelas comissões de Legislação Participativa, de Seguridade Social e Família e de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.

O secretário nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos, Wederson Rufino, disse ser importante que a política nacional do cuidado pressuponha benefícios, isenções, serviços e equipamentos públicos aos que precisam. “Não dá para pensar em uma política de cuidados apenas com a oferta e custeio da profissão do cuidador. É necessário um conjunto de serviços”, explicou.
Rufino disse que o PL 2029 servirá para reorganizar as políticas já existentes. “As leis já estão oferecidas, mas o objetivo do projeto é fazer com que todas [as políticas] ocorram de forma integrada, para que o usuário saiba usufruir”, afirmou.
Compromisso
A representante do Ministério do Desenvolvimento Social na audiência, Deusina Lopes, disse que a política do cuidado pode fortalecer todas as áreas envolvidas. “Deve ser um compromisso de todos. Antes, apenas a família era responsável, mas a dimensão de cuidados é muito mais ampla e cara do que aparenta”, disse. Lopes ainda citou ser necessário criar um conjunto de direitos, e defendeu que o Estado “aja com mais responsabilidade” sobre o assunto.

A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), autora do projeto de lei, disse que a proposta serve para provocar o governo a criar soluções. "Com a perspectiva do envelhecimento e dos recentes casos de doenças que estamos enfrentando, o projeto de política do cuidado é extremamente importante”, afirmou.

A coordenadora-geral da Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Elizabete Ana Bonavigo, disse que a população idosa no Brasil já chega a 14,3%, sendo que a média de idade dos brasileiros cresce a cada ano – hoje é de 75,4% anos.
“Estamos em um processo de transição demográfica. Em 2030, o número de idosos será maior que de crianças e adolescentes entre zero e 14 anos. Sendo assim, precisamos fortalecer as ações de atenção domiciliar”, ressaltou.
Novas ações
Bonavigo também destacou ser necessário criar mais opções para atender o público idoso. Para ela, as boas práticas de cuidado favorecem o desenvolvimento e a autonomia. “Ações de cuidados e suporte aos cuidadores e aos familiares fortalecem a melhoria na qualidade de vida e da integração social”, afirmou.

A presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência (Ampid), Iadya Gama Maio, citou o sistema espanhol como exemplo de boa política. “O sistema espanhol apoia o dependente e a sua família, algo que não possuímos no Brasil. Ainda é oferecida uma rede de serviços e benefícios, públicos e conveniados”, disse. Segundo ela, o acesso aos serviços e benefícios não contributivos abrange todos que necessitam e que estão em situação de dependência.

O debate foi solicitado pela deputada Flávia Morais (PDT-GO), relatora do PL 2029/15 na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.

Fonte: Agência Câmara