quinta-feira, 28 de março de 2024

Após apelos de brasileiros, Macron diz que Mercosul-UE é péssimo e pede “novo acordo”

 MUNDO

Para o presidente francês, o acordo comercial é ultrapassado e não considera as premissas do debate global atual

Macron discursa a empresários em São Paulo

Macron discursa a empresários em São Paulo27/03/2024REUTERS/Amanda Perobelli

Emmanuel Macron, presidente da França, ficou responsável por discursar no encerramento de evento, realizado na tarde desta quarta-feira (27) em São Paulo, que contou com membros da comitiva francesa que visita o Brasil, quadros do governo Lula e representantes do setor industrial.

Durante horas, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), oradores fizeram apelos pela retomada das negociações do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Ao fim, Macron classificou os termos como “péssimos” e pediu que os lados se engajem em um “novo acordo”.

Para o presidente francês, o acordo é ultrapassado, visto que é negociado há mais de 20 anos, e não considera as premissas do debate global atual, principalmente em relação à sustentabilidade. Macron foi enfático ao afirmar que seus termos “não consideram as mudanças climáticas”.

“Deixemos este acordo para trás, vamos construir um novo, iluminado pelas novas ideias”, disse.

Macron defendeu que dentro do mercado interno francês as regras de sustentabilidade foram enrijecidas nos últimos anos, o que levou as empresas a alterarem os padrões de suas atividades. Na visão dele, caso o acordo atual fosse fechado, empresas menos sustentáveis e com menor custo de produção levariam distorção ao país.

Entre os oradores que apelaram pela negociação do acordo estavam o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana, e representantes do setor industrial.

O tom das falas dos representantes brasileiros no encontro desta tarde foi demandar mais espaço para as empresas brasileiras no país europeu. A França é o 9° país que mais vende mercadorias ao Brasil, enquanto o Brasil é apenas o 36° maior fornecedor da França.

FONTE: CNN BRASIL

Suspeitos de pedofilia são presos no DF e SP; um deles era procurado pela Interpol

 BRASIL

Um dos acusados dava catequese em uma igreja católica em Brasília, enquanto o outro estava foragido da polícia




Dois homens foram presos, em Brasília e em São Paulo, suspeitos de abusar sexualmente de crianças. O homem acusado no Distrito Federal estava na lista da Interpol, uma organização internacional de polícia criminal.



O suspeito é acusado de abusar de crianças com idades entre 4 e 11 anos, com quem tinha contato quando dava catequese em uma igreja católica no Distrito Federal. A violência só parava quando as vítimas entravam na adolescência.

Para cometer os crimes, o homem organizava jogos de futebol para os meninos da região e depois os convidava para jogar videogame em casa. O abuso acontecia enquanto a esposa trabalhava.

O acusado, José Antônio Silva, agiu por pelo menos 20 anos e foi denunciado pelo sobrinho, que também foi abusado quando criança, quando percebeu que o tio tentava se aproximar do filho dele.

Quando a polícia tentou prendê-lo, com mandado de prisão temporária, o homem não estava nos locais indicados. Ao longo da investigação, José teve auxílio de familiares e teria fugido para o Paraguai, na região de Foz do Iguaçu.

Segundo o delegado do caso, o homem só foi encontrado após uma denúncia feita pelo 197, de que estaria internado em um hospital, em estado grave, e que seria submetido a um procedimento de constatação de morte cerebral. Ele foi condenado a 172 anos e 9 meses de reclusão por 14 crimes.

Condenado por pornografia infantil é preso em SP

Outro caso relacionado a pedofilia foi registrado em São Paulo. O criminoso foi preso em um estabelecimento comercial na zona norte da capital paulista e é acusado de armazenar e vender pornografia infantil. Ele estava foragido e tem outros crimes registrados na polícia.

Além da pena de mais de 4 anos e multa pela condenação, o suspeito Ulisses Junqueira, de 54 anos, também é alvo de inquéritos nas Delegacias de Defesa da Mulher nas zonas norte e sul da cidade.

No momento da prisão, não foi encontrado nenhum material com o suspeito. Ele alega inocência e diz que o conteúdo de pornografia infantil estaria com ele porque trabalha com informática. A polícia continua investigando o crime.


FONTE: SBT NEWS





IPCA-15 desacelera para 0,36% em março, mas com maior pressão de alimentos

ECONOMIA

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores, mas acima da estimativa de analistas
Foto: Veja Alta de alimentos e bebidas foi a que exerceu maior impacto no indicador em março

O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, desacelerou em março, para 0,36%, após a forte alta de 0,78% observada em fevereiro, informou nesta terça-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi em grande parte influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,91% e impacto de 0,19 p.p. no índice geral. 

O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, ficou em 1,46%, abaixo da taxa de 2,01% registrada no mesmo período em 2023.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%.

Os dados de março vieram um pouco acima do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que era de inflação mensal de 0,33% na comparação mensal e de 4,13% em 12 meses.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco registraram alta em março. Além do grupo Alimentação e bebidas, também se destacaram Transportes (0,43%) e Saúde e cuidados pessoais (0,61%). As demais variações ficaram entre o -0,58% de Artigos de residência e o 0,19% de Habitação.

Especificamente no grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para esse resultado as altas da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%).

Outros itens apresentaram queda, como a batata-inglesa (-9,87%), a cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%).

Já a alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março). O lanche (0,19%) registrou variação inferior à registrada no mês anterior (0,79%).

Fonte: InfoMoney

Brasil teve menos nascimentos e mortes em 2022; divórcios crescem mais que casamentos

 ECONOMIA

País registrou 2,54 milhões de nascimentos em 2022, uma queda de 3,5% na comparação com 2021, enquanto óbitos registrados recuaram 15,8%; casamentos cresceram 4,0% e divórcios avançaram 8,6%
FOTO: REPRODUÇÃO

O Brasil teve em 2022 o quarto ano seguido de recuo no número de nascimentos, mas o número de mortes registradas também caiu, embora as mortes de crianças e adolescentes até 14 anos tenha crescido. Também foi verificado uma alta no número de casamentos no ano retrasado, mas a evolução dos divórcios foi superior.

Os dados são das Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta quarta-feira (27) pelo IBGE, em série histórica que foi iniciada em 1974.

O País registrou 2,54 milhões de nascimentos em 2022, uma queda de 3,5% na comparação com 2021, quando esse número tinha atingido 2,63 milhões. foi quarto recuo consecutivo no total de nascimentos do país, que chegou ao menor nível desde 1977, segundo o IBGE. As regiões Nordeste (-6,7%) e Norte (-3,8%) tiveram os recuos mais intensos.

Na comparação com a média dos cinco anos anteriores à pandemia de civid-19 (2015 a 2019), houve uma diminuição de 326,18 mil nascimentos, ou 11,4%. “A redução da natalidade e da fecundidade no país, já sinalizada pelos últimos Censos Demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia, são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no Brasil nos últimos anos”, explicou em nota a gerente da pesquisa, Klívia Brayner.

A análise dos registros de nascimentos ocorridos em 2022, confirmou a tendência de mulheres tendo filhos mais tarde, embora a predominância ainda seja na faixa de 20 a 29 anos (49,2%). Entretanto, em 2010, esse percentual era de 53,1%.

A tendência de queda na faixa de menos de 20 anos também se manteve: o percentual, que era de 18,5% em 2010, foi para 13,2% em 2021 e caiu para 12,1% em 2022.

Mortes

O Brasil registrou, 1,50 milhão de óbitos em 2022, uma queda de 15,8% (281,5 mil a menos) em comparação com o ano anterior. Segundo o IBGE, esse resultado acompanha o recuo das mortes ocasionadas pela covid-19, com a ampliação do número de pessoas que completaram o esquema vacinal.

O resultado de 2021 (1,78 milhão), no auge da pandemia, foi o recorde da série histórica. Entretanto, o número de óbitos de 2022 foi 14,2% superior ao de 2019 (1,31 milhão), último ano pré-pandemia.

Chamou a atenção o fato de que, para a população com menos de 15 anos de idade, houve aumento do número de óbitos de 2021 para 2022. No total, foram registrados 40,1 mil óbitos para pessoas de 0 a 14 anos, 7,8% a mais do que em 2021 (37,2 mil). O maior aumento se deu entre as crianças de 1 a 4 anos: ocorreram 6 mil óbitos, 27,7% a mais do que em 2021 (4,7 mil).

A pesquisadora disse que é possível que a covid-19 tenha contribuído fortemente para esse quadro, uma vez que o sistema de saúde informou que 60% das causas estavam relacionadas a doenças respiratórias. A vacinação de crianças e adolescentes brasileiros se deu mais tarde do que a vacinação dos adultos.

Casamentos e divórcios

A pesquisa mostra também que houve 970 mil casamentos civis realizados em cartórios de registro civil em 2022, um aumento de 4,0% em relação a 2021. Todas as regiões tiveram aumento, com destaque para o Sul, que apresentou acréscimo de 9,5%.

Do total, apenas 1,1% (11 mil) foram casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Esse número, entretanto, é 19,8% maior que em 2021 (9,2 mil) e representa o recorde da série, desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impediu que cartórios se recusassem celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desses 11 mil, a maioria (60,2%) foi entre cônjuges femininos.

Mas foram contabilizados 420 mil divórcios concedidos em 1ª instância ou realizados por escrituras extrajudiciais, um aumento de 8,6% em relação ao total de 2021 (386,8 mil). Entre as regiões, Centro-Oeste e Nordeste apresentaram a maior variação, de 26,5% e 14,0%, respectivamente. Em média, os homens se divorciaram em idades mais avançadas (44) que as mulheres (41).

Os divórcios judiciais concedidos em 1ª instância corresponderam a 81,1% dos divórcios do País. Na análise desse tipo de divórcio segundo o arranjo familiar, a maior proporção das dissoluções ocorreu entre as famílias constituídas somente com filhos menores de idade, atingindo 47,0% em 2022.

FONTE: INFOMONEY

quarta-feira, 27 de março de 2024

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, segundo a ONU

 MUNDO

Foto: Gustavo Porpino

Gustavo Porpino - Índice de Desperdício de Alimentos estima em 94 kg per capita, ao ano, o desperdício de alimentos na etapa de consumo familiar no Brasil

Índice de Desperdício de Alimentos estima em 94 kg per capita, ao ano, o desperdício de alimentos na etapa de consumo familiar no Brasil

Domicílios de todos os continentes desperdiçaram mais de 1 bilhão de refeições por dia em 2022, enquanto 783 milhões de pessoas foram afetadas pela fome e um terço da humanidade enfrentou insegurança alimentar. O desperdício de alimentos continua a prejudicar a economia global e a fomentar as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade e a poluição.

Estas são as principais conclusões de um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), coordenado pela WRAP, publicado hoje (27), durante evento do Dia Internacional do Resíduo Zero. A Embrapa Alimentos e Territórios (Maceió, AL) colaborou na revisão do novo levantamento global sobre desperdício de alimentos nas etapas de varejo e consumo. O relatório completo está disponível aqui.

O Índice de Desperdício de Alimentos estima em 94 kg per capita, ao ano, o desperdício de alimentos na etapa de consumo familiar no Brasil. A estimativa leva em conta apenas o consumo doméstico de alimentos e é resultante de um estudo piloto realizado em 2023, em cinco regiões distintas da cidade do Rio de Janeiro. Esse estudo realizou análises de resíduos orgânicos, por meio de gravimetria, em regiões do Rio com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos. A metodologia do PNUMA não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", comenta Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do Índice.

Em 2022, foram gerados 1,05 bilhão de toneladas de resíduos alimentares (incluindo partes não comestíveis), totalizando 132 quilos per capita e quase um quinto de todos os alimentos disponíveis para os consumidores. Do total de alimentos desperdiçados em 2022, 60% aconteceram no âmbito doméstico, com os serviços de alimentação responsáveis por 28% e o varejo por 12%.

"O desperdício de alimentos é uma tragédia global. Milhões de pessoas passarão fome hoje, enquanto alimentos são desperdiçados em todo o mundo", salienta Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA. "Além de ser uma questão importante de desenvolvimento, os impactos desse desperdício desnecessário estão causando custos substanciais para o clima e a natureza. A boa notícia é que sabemos que se os países priorizarem essa questão eles poderão reverter significativamente a perda e o desperdício de alimentos, reduzir os impactos climáticos e as perdas econômicas e acelerar o progresso das metas globais.

Desde 2021, houve um fortalecimento da infraestrutura de dados com um número maior de  estudos rastreando o desperdício de alimentos. Globalmente, o número de dados em nível domiciliar quase dobrou. No entanto, muitos países de baixa e média renda continuam a carecer de sistemas adequados para acompanhar os avanços no cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12.3 de reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030, particularmente no varejo e serviços de alimentação. 

Apenas quatro países do G20 (Austrália, Japão, Reino Unido e EUA) e a União Europeia têm estimativas de desperdício alimentar adequadas para acompanhar os progressos até 2030. Canadá e Arábia Saudita têm estimativas adequadas no nível de domicílios, enquanto no Brasil estão em andamento atividades para desenvolver uma linha de base robusta até o final de 2024. Neste contexto, o relatório serve como um guia prático para os países medirem e comunicarem consistentemente o desperdício alimentar.

Os dados confirmam que o desperdício de alimentos não é apenas um problema de "país rico", com os níveis de desperdício de alimentos domésticos diferindo nos níveis médios observados para países de renda alta, média-alta e média-baixa em apenas 7 kg per capita. Ao mesmo tempo, os países mais quentes parecem gerar mais desperdício de alimentos per capita nos domicílios, potencialmente devido ao maior consumo de alimentos frescos com partes substanciais não comestíveis e à falta de cadeias de refrigeração adequadas.

De acordo com levantamentos recentes, a perda e o desperdício de alimentos geraram de 8% a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) – quase cinco vezes mais do que o setor de aviação – e uma perda significativa de biodiversidade ao ocupar o equivalente a quase um terço das terras agrícolas do mundo. Segundo o Banco Mundial, o custo da perda e do desperdício de alimentos na economia global é estimado em cerca de US$ 1 trilhão.

A expectativa é que os esforços para fortalecer a redução do desperdício de alimentos e a circularidade beneficiem especialmente as áreas urbanas. As áreas rurais geralmente têm menor desperdício, com maior direcionamento de restos de alimentos para animais de estimação, animais de criação e compostagem doméstica como explicações mais prováveis.

Segundo o PNUMA, em 2022, apenas 21 países incluíram a perda e/ou redução do desperdício de alimentos em seus planos climáticos nacionais (NDCs). O processo de revisão das NDCs de 2025 oferece uma oportunidade fundamental para aumentar a ambição climática, integrando a perda e o desperdício de alimentos. O relatório sublinha igualmente a urgência de abordar o desperdício alimentar, tanto a nível individual como sistêmico.

Linhas de base robustas e medições regulares são necessárias para que os países mostrem mudanças ao longo do tempo. Graças à implementação de políticas e parcerias, países como Japão e Reino Unido mostram que a mudança em escala é possível, com reduções de 31% e 18%, respectivamente.

"Com o enorme custo para o meio ambiente, a sociedade e as economias globais causado pelo desperdício de alimentos, precisamos de uma ação coordenada maior em todos os continentes e cadeias de suprimentos. Apoiamos o PNUMA ao pedir que mais países do G20 meçam o desperdício de alimentos e trabalhem em direção ao ODS 12.3", comenta Harriet Lamb, CEO da WRAP.

“Isso é fundamental para garantir que os alimentos alimentem as pessoas, não os aterros sanitários. As parcerias público-privadas são uma ferramenta fundamental para a obtenção de resultados, mas requerem apoio: sejam filantrópicas, empresariais ou governamentais, os atores devem se unir em torno de programas que abordem o enorme impacto que o desperdício de alimentos tem na segurança alimentar, em nosso clima e em nossas carteiras.”

O PNUMA continua acompanhando o progresso em nível nacional para reduzir pela metade o desperdício de alimentos até 2030, com um foco crescente em soluções além da medição para a redução. Uma dessas soluções é a ação sistêmica por meio de parcerias público-privadas (PPP): fomentar cooperações entre governos, setor privado e o terceiro setor para identificar gargalos, desenvolver soluções e impulsionar o progresso.

O financiamento adequado pode permitir que as PPP proporcionem reduções do desperdício alimentar da produção agrícola à mesa, reduzam as emissões de gases com efeito de estufa e o estresse hídrico, partilhando simultaneamente as melhores práticas e incentivando a inovação para uma mudança holística a longo prazo. As PPP sobre perda e desperdício de alimentos estão crescendo em todo o mundo, incluindo Austrália, Indonésia, México, África do Sul e no Reino Unido, onde ajudaram a reduzir mais de um quarto do desperdício domiciliar de alimentos per capita em 2007-2018.

 

Perspectiva brasileira

Se levadas em conta apenas as partes usualmente comestíveis dos alimentos, o desperdício anual per capita, com base no estudo piloto no Rio de Janeiro, é de 29 kg. Deste montante, 21% são formados por produtos de panificação (11%) e frutas e hortaliças (10%). “A metodologia para quantificação do desperdício em famílias do Rio foi bastante robusta, porque analisa todos os resíduos gerados pelos domicílios, mas, caso a família tenha o hábito de compostar sobras das refeições ou destinar para animais de estimação, esta parcela dos alimentos não consumida por pessoas não é captada pelo estudo", analisa Porpino.

“Evitar o desperdício de alimentos nas famílias brasileiras requer implementar ações desde a produção, porque as hortaliças que estragam rápido na geladeira, por exemplo, por vezes são descartadas em função do manejo inadequado de pragas, deficiências no manuseio pós-colheita ou uso de embalagens inapropriadas para armazenagem e transporte”, comenta Porpino. “Por fim, a educação nutricional é essencial para mudar hábitos de consumo enraizados na cultura brasileira que ainda valoriza muito a fartura na mesa”, complementa.

Para o especialista da Embrapa, nas etapas finais da cadeia produtiva de alimentos, o Brasil pode incrementar a quantificação e a implementação de soluções para melhorar a gestão dos resíduos orgânicos, por exemplo, em centrais de abastecimento (Ceasas), feiras livres e supermercados. Em recente estudo da Embrapa, em parceria com a Abreme, por meio dos Diálogos União Europeia – Brasil, quantificou-se o desperdício em feiras livres de Curitiba, Recife e Rio Branco. O tomate foi o alimento mais descartado nas feiras livres analisadas.

“As soluções podem envolver implementação de programas de colheita urbana para que alimentos seguros sejam destinados, por exemplo, a bancos de alimentos, e incremento da compostagem para os resíduos orgânicos não comestíveis. Os resíduos das feiras livres, por exemplo, podem virar adubo para hortas urbanas e escolares”, destaca Porpino.

 

Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

O PNUMA é a principal voz global sobre o meio ambiente. Fornece liderança e incentiva a parceria no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e permitindo que nações e povos melhorem sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras.

 

Sobre a WRAP 

A WRAP é uma ONG global com sede no Reino Unido. É uma das cinco principais instituições de caridade ambiental do Reino Unido e trabalha com governos, empresas e indivíduos para garantir que os recursos naturais do mundo sejam usados de forma sustentável. Fundada em 2000 no Reino Unido, a WRAP agora trabalha em todo o mundo e é parceira da Aliança Global do Earthshot Prize da Royal Foundation.

Com informações da assessoria de comunicação do PNUMA.

Embrapa Alimentos e Territórios

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Nadir Rodrigues (MTb 26.948/SP)
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Renata Chamarelli
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

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terça-feira, 26 de março de 2024

Pela primeira vez, Brasil questiona inabilitação de candidata da oposição na Venezuela

 MUNDO

Itamaraty questionou a retirada de Corina Yoris , candidata da oposição pela Plataforma Unitária, que iria concorrer com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro




Corina Yoris, principal nome da oposição Venezuelana - Foto: Ronaldo Peña/AFP


O governo brasileiro divulgou uma nota, nesta terça-feira , em que expressa preocupação com a inabilitação de candidatos que vão concorrer com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas eleições de julho deste ano. Em nota, o Itamaraty questionou a retirada de Corina Yoris , candidata da oposição pela Plataforma Unitária.

 "Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitária, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial" , destacou o Itamaraty. 

Depois de María Corina Machado ter sido declarada inelegível por 15 anos, Corina Yoris teve a mesma punição. Agora, o candidato é Miguel Rosales, governador de Zulia.

Na nota, o Itamaraty lembra que, esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país. Onze candidatos ligados a correntes de oposição lograram o registro. Entre eles, inclui-se o atual governador de Zulia, também integrante da Plataforma Unitária.
 "O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil" , ressaltou o comunicado.

Ao mesmo tempo, a nota reforça a posição brasileira de considerar ilegais as sanções econômicas aplicadas pelos Estados Unidos à Venezuela. "O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo" .

FOLHA DE PERNAMBUCO



Brasil sofre, mas consegue empate contra a Espanha com com gol de Paquetá

 ESPORTES

Foto: Rodrygo  fez golaço por cobertura/ Foto: Rafael Ribeiro- CBF


A seleção brasileira começou mal, reagiu e empatou um amistoso frenético contra a Espanha, disputado nesta terça-feira (26) no Santiago Bernabéu.  A partida  terminou com empate em 3 a 3, teve três pênaltis — dois para os espanhóis. No segundo tempo o técnico da seleção brasileira Dorival Júnior, faz  mudança no time e evita derrota.

A campanha dos jogos amistosos foi excelente, derrotando a seleção da Inglaterra por 1x 0 com gol de Endrick e hoje tivemos o gol de empate do atacante Paquetá.


Além de Endrick, Rodrygo e Paquetá fizeram os gols pelo lado brasileiro. O terceiro saiu já nos acréscimos, em um pênalti marcado aos 50 minutos do segundo tempo. Na Espanha, Rodri, duas vezes de pênalti, e Dani Olmo, com uma jogada espetacular, balançaram a rede.


Primeiro tempo espanhol 


O primeiro tempo foi da Espanha, com sobras. O time da casa impôs um domínio da posse de bola, marcando com pressão nas raras vezes que perdia e conseguindo sufocar o Brasil.


A seleção brasileira não conseguia encaixar passes. Muitos erros prejudicaram o time de Dorival, sobretudo na fase inicial das jogadas. A Espanha deu volume pelas pontas. E conseguiu um pênalti. O lance foi muito duvidoso. Não teve VAR no jogo, e aí ficou pela interpretação inicial do árbitro de que João Gomes derrubou Yamal na área. Pelas imagens, o lance pareceu forçado.

 O gol de Rodri, que acertou a cobrança, deixou o Brasil ainda mais atordoado.

Muita gente estava jogando mal na seleção brasileira. Muitos erros individuais na marcação, uma linha defensiva muito baixa e erros de passes curtos na articulação ofensiva minavam o jogo do Brasil. Dani Olmo, para completar, fez uma pintura. 


Um golaço. Recebendo na área cercado de brasileiros, ele deu uma caneta em Beraldo, deixou Bruno Guimarães na saudade e fez o segundo gol, aos 35 minutos. O Brasil derretia. Mas o enredo do jogo começou a mudar com uma falha do goleiro Unai Simón na saída de bola. 


Rodrygo aproveitou e fez outro golaço, tocando de cobertura, dando ar de esperança para o segundo tempo. A esperança para o futuro da seleção — e do Real Madrid — estava no banco, mas já no aquecimento.


Ficha técnica Espanha 3 x 3 Brasil 

Local: Santiago Bernabéu, em Madri (ESP) Data/Hora: 26/3/2024, às 17h30 (de Brasília) 


Árbitro: Antonio Nobre (POR) Assistentes: Bruno Miguel Alves de Jesus e Luciano Antonio Gomez Maia (POR) VAR: Não houve Cartões amarelos: Le Normand, Laporte (ESP); Bruno Guimarães, Endrick, Andreas Pereira (BRA) Gols: Rodri, 12'/1ºT (1-0); Dani Olmo, 35'/1ºT (2-0); Rodrygo, 38'/1ºT (2-1); Endrick, 4'/2ºT (2-2); Rodri, 41'/2ºT (3-2); Paquetá, aos 50'/2ºT (3-3) 

Espanha: Unai Simón, Carvajal, Le Normand (Cubarsí), Laporte e Cucurella; Rodri, Fabián Ruiz e Dani Olmo; Lamine Yamal, Nico Williams e Morata (Oyarzabal). Técnico: Luis de la Fuente 


Brasil: Bento, Danilo (Yan Couto), Fabrício Bruno, Beraldo e Wendell; Bruno Guimarães (André), João Gomes (Andreas Pereira) e Lucas Paquetá; Vini Jr (Paquetá), Rodrygo e Raphinha (Endrick). Técnico: Dorival Júnior


Fonte: UOL

segunda-feira, 25 de março de 2024

Como serão os três dias de visita de Emmanuel Macron ao Brasil

MUNDO

Presidente francês e Lula estarão juntos em Belém, Itaguaí (RJ) e Brasília; em São Paulo, Macron deve passear pela Avenida Paulista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com o presidente da França, Emmanuel Macron, na COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (Ricardo Stuckert/PR) 


O presidente da França, Emmanuel Macron, vai chegar ao Brasil na terça-feira para uma viagem de três dias com passagens por Belém, Itaguaí, no litoral do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Com exceção de São Paulo, Lula vai acompanhá-lo em todas as cidades.

Além das agendas voltadas para o estreitamento do comércio e dos negócios bilaterais, os chefes de Estado devem discutir as guerras da Rússia na Ucrânia e de Israel em Gaza. A primeira parada de Macron vai ser em Belém, capital do Pará, sede da COP-30, em 2025. Lula e o francês vão fazer um passeio de barco pela baía de Guajará, com parada na Ilha do Combu, onde vão conhecer um grupo de mulheres que cultivam cacau na Floresta Amazônica. Em seguida, os dois vão percorrer um trecho da mata e vão se reunir com líderes das comunidades indígenas locais.

Ainda na terça-feira, Macron vai para Itaguaí, no Rio. Na quarta, ele e Lula vão acompanhar o lançamento do submarino Tonelero (S42), o terceiro dos quatro submarinos construídos no Brasil com tecnologia francesa. Na tarde de quarta-feira, sem Lula, o francês viaja a São Paulo para participar do Fórum Econômico Brasil-França, na Fiesp. O evento não acontece desde 2019. Haverá um encontro com o vice-presidente, Geraldo Alckmin. À noite, Macron vai jantar com artistas e agentes culturais e deve visitar o Museu de Arte de São Paulo (Masp). No trajeto de volta, Macron fará um passeio pela Avenida Paulista. 

Na quinta, Lula volta a receber o presidente francês para uma visita de Estado. Após a cerimônia de recepção, acontece a tradicional reunião bilateral entre os dois países e a assinatura de atos. Espera-se que mais de uma dezena de atos bilaterais em negociação possam ser firmados durante a viagem. Além disso, estarão na pauta os conflitos na Faixa de Gaza, crise de segurança no Haiti, guerra na Ucrânia e as eleições na Venezuela. Durante sua visita, Macron vai almoçar no Palácio Itamaraty e, em seguida, será recebido pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.


FONTE: VEJA 

domingo, 24 de março de 2024

Verstappen abandona, e Sainz vence no GP da Austrália

 F1

Espanhol da Ferrari se recuperou de cirurgia e dominou a prova em Melbourne




Carlos Sainz venceu neste domingo (24) o Grande Prêmio da Austrália de 2024, e não vai se esquecer tão cedo do próprio desempenho. 
O espanhol da Ferrari havia ficado fora do GP da Arábia Saudita, duas semanas antes, para passar por uma cirurgia em decorrência de uma apendicite. Em recuperação, virou dúvida para a prova em Melbourne. Mas conseguiu correr, largou em segundo e venceu a prova.
Foi a terceira vitória de Sainz na F1, após subir ao topo do pódio na Inglaterra em 2022 e em Singapura em 2023. De quebra, Charles Leclerc foi o segundo colocado, na primeira dobradinha da Ferrari desde o GP do Bahrein de 2022.

Lando Norris, da McLaren, completou o pódio com o terceiro lugar. Companheiro de equipe do britânico, Oscar Piastri foi o quarto colocado depois de ceder a posição na pista.

A prova ficou marcada ainda pelo abandono de Max Verstappen, da Red Bull. Pole position, o holandês teve problemas nos freios traseiros e precisou recolher na terceira volta.

Foi o primeiro abandono de Verstappen desde o GP da Austrália de 2022, quando foi vítima de um vazamento de óleo. De quebra, o tricampeão ainda encerrou uma série de nove vitórias consecutivas entre Japão-2022 e Arábia Saudita-2023.

Mercedes também não teve motivos para comemorar. Lewis Hamiltonabandonou na volta 17 com problemas de motor, enquanto George Russellsofreu um acidente na última volta e também não completou.

Na Aston MartinFernando Alonsocruzou a linha de chegada em sexto, com Lance Stroll em sétimo. No entanto, o espanhol foi considerado culpado pelo acidente de Russell e recebeu uma punição, caindo para o oitavo lugar. Assim, o canadense foi promovido à sexta posição.

Haas pontuou com os dois carros: Nico Hulkenberg foi nono, enquanto Kevin Magnussen foi o décimo. Completando as dez primeiras posições, Sergio Pérez (Red Bull) foi o quinto colocado, enquanto Yuki Tsunoda(Racing Bulls) foi sétimo. O ponto extra da melhor volta foi para Charles Leclerc.

Classificação da Fórmula 1

Com os resultados do GP da Austrália, os cinco primeiros colocados do Mundial de pilotos são:

  1. Max Verstappen (HOL/Red Bull): 51 pontos
  2. Charles Leclerc (MON/Ferrari): 47 pontos
  3. Sergio Pérez (MEX/Red Bull): 46 pontos
  4. Carlos Sainz (ESP/Ferrari): 40 pontos
  5. Oscar Piastri (AUS/McLaren): 28 pontos

Próxima corrida da Fórmula 1

A Fórmula 1 volta às pistas com o Grande Prêmio do Japão. A quarta etapa da temporada acontece em Suzuka nos dias 5, 6 e 7 de abril, e terá cobertura completa do Grupo Bandeirantes de Comunicação.

Fonte: band.com.br

terça-feira, 19 de março de 2024

Abates em Mato Grosso bateram recorde em fevereiro, segundo o Imea

AGRONEGÓCIOS

IMAGEM REPRODUÇÃO PARANÁ PORTAL


A utilização da capacidade frigorífica em Mato Grosso atingiu 75,09% em fevereiro, o maior índice para o mês e o segundo maior na série histórica mensal, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O aumento representa um crescimento de 47,76 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

O valor médio de abates diários (de segunda a sexta-feira) em fevereiro também foi recorde, com 28,55 mil cabeças/dia, um aumento de 36,39% em comparação com fevereiro de 2022.

Segundo o Imea, os altos índices de abate são resultado do aumento da oferta de animais terminados para abate, impulsionada por:

  • Melhores preços do boi gordo: A valorização do boi gordo incentiva os pecuaristas a venderem seus animais.
  • Final da safra de soja: Com o fim da colheita da soja, os pastos ficam disponíveis para a pecuária, o que aumenta a oferta de animais para abate.
  • Clima favorável: As condições climáticas favoráveis à pecuária também contribuem para o aumento da oferta de animais.

O Imea prevê que a utilização da capacidade frigorífica em Mato Grosso continue acima da média histórica em março, caso o padrão de altos envios de fêmeas para abate se mantenha.

Os dados do Imea revelam um cenário positivo para a pecuária em Mato Grosso, com aumento na oferta de animais e preços favoráveis ao produtor. A expectativa é que a demanda por carne bovina continue aquecida nos próximos meses, impulsionando ainda mais o setor.

“Esses altos patamares no indicador foram ocasionados pelo aumento nos abates. Para se ter ideia, a média histórica mensal de abates é de 389,74 mil cabeças, e nos últimos meses a quantidade de abates tem superado as 500,00 mil cabeças por mês”, diz o informativo do Imea.

O aumento da produção de carne bovina em Mato Grosso tem um impacto positivo na economia do estado, gerando emprego e renda. O setor também contribui para o desenvolvimento das cidades e para o bem-estar da população.

Para o futuro, a expectativa é que o mercado do boi continue volátil, com os preços oscilando de acordo com a oferta e demanda.


Outras informações:

Novilha de 18 meses: R$ 1.620,14/cabeça.
Bezerro de 12 meses: R$ 1.733,12/cabeça.
B3 (boi gordo para maio/24): alta de 1,18%, a R$ 228,62/@.
Escalas de abate: queda de 4,65% na última semana, com média de 9,64 dias úteis.

Fonte: Pensar Agro